III. A Biblioteca de Babel
Da janela, o crepúsculo. Do espelho, a reduplicação da biblioteca. Já o encontraram? Eu ajudei-o, ele disse-me que o final tinha sido reescrito. Que para o evitar eu tinha de o ajudar. Mas era tudo mentira. Despertou a escuridão e agora o meu sangue é a ameaça das histórias. Entra o rapaz com quem pintaram. Era o alfarrabista. Não sei como vim aqui parar. A realidade anterior assusta-me. Não te preocupes, ele ainda não tem a tinta. Pessoal... enquanto vosso amigo, eu peço-vos... dêem-me um fim. O alfarrabista muda de tom. Estas estantes guardam cada uma realidades cristalinas intermináveis. Que escuridão. Queixam-se os outros. É finalmente claro que não nos dividimos entre vida e morte, mas existência e ausência. Vocês adormeceram em busca de uma história sem a terminar. Cada livro é uma tentativa. E agora vamos reescrevê-los como devem ser. Apontou para o outro: Tinta. Um livro que pode transcrever eventos que ainda não aconteceram. Um livro que pode conjurar mundos novos. O cen...