O roubo de Calypso
cortinas de fumo negro do barco que acabei de derrubar não permitem ver além do trono a aridez de sucessivos desertos secou o soro ocular astrolábio e quadrante mostram que as estrelas existem de que valem quando o coração as não sente antes salta as batidas e o ritmo fica estranho a respiração carrega a preocupação às costas como uma pesada âncora a puxar o sufoco engasga e não desaparece rezo a Calypso que me devolva o oceano aos olhos esse amor abandonado e abandonante que nos mares que me levou navega triunfante e as velas não sentem o vento param mas as paisagens passam e os continentes também e o barco parado no mar despejado os marinheiros ao convés desatinados ofegantes vislumbrados pela morte no fundo onde os mortos já não mentem içam bandeiras de socorro que ardem junto com as outras tomam a tonalidade negra quando sobem mastro esvaem-se em fumos nem se sabe que dantes havia mar aqui ela lá vai ao longe flutua ergue-se para ser vista sem nos v...