Desgravitificar
No excesso de zéfiro Está a prova, em qualquer clima Está o senso de que nada se define Flutua como bolhas Incapaz de sentir o vento E só podia ser assim A navegar ou cavalgar Não há nada de novo sob o azul E voas pela gravidade Cavalgas pelo determinado Franqueias a anomalia Flutuas com dignidade Descansas com a morte Corrompes a espera E por tudo o que é brilho Submerges na luz À velocidade da submersão Ganhas ou perdes a tudo Irradias por outro lado Deixas os naufragados Cavalgas, mas largas as rédeas, Na luz que engole o meu solo Fazes e desfazes-me o mundo Não te curves agora perante regras Êxtase na gravidade Por tudo o que não é e cai Precisas a gravidade Agarras o que esvoaça ao vento Ergues-te à gravidade Ascendes e continuas a subir Alcanças a liberdade Deixa tudo e renova o chão.