Ele via o amor como uma hipótese a retomar, Ela via-o como adquirido e uma felicidade sem-fim. Depois chorei junto a meretrizes e cabrões Por prazeres efémeros e imitações da realidade que não tenho. Enquanto para ela a realidade era suficiente E abominava os meus actos de evasão, desejava boa sorte. Meio copo de absinto chegou para vomitar a alma E ajudou-me vezes sem conta, preterindo-me à mesma. Meio copo de absinto é uma oferenda para um novo deus, Uma nova religião à qual sou herege e não quero rezar... Mas também não vou crucificar. É filosófico e até por vezes alquímico, Um fenómeno desta vez não físico e saudoso. É o meu hino nacional e não um narcótico vício, As minhas decisões são rápidas e impensadas, Se alguma coisa, eu também nasci para morrer. A esperança é reconfortante, Faz-me aceitar o destino... seja ele qual for. Não se pode reescrever o ápice desta fúria ordenada.