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A mostrar mensagens de março, 2025

balada do sapo eremita.

em torno da volta: nada me deixa mais feliz. sempre a arder por excesso de zelo o incenso não intensifica o bom-senso, na deriva, o declive, a órbita do eremita. eu deixei voar o balão de vidro e na algema cristalina da sua liberdade confirmei a majestosa joia do amor.

minar amor na Temu

talvez já te devas ter apercebido que o amor é um minério ténue. o baile das picaretas tem de ser orquestrado ao som de Für Elise . os diamantes são sempre fugitivos e as suas arestas iludem-nos com manchas de carvão refractadas. e é perfeitamente normal que confundas um espectro de luz divina com um escarro nestas condições. o contexto em que tudo acontece e em que nos procuramos mover são sociais lamas movediças. daí a dança: daí a valsa da lama acima ser mais útil que o movimento extenuante do breakdance de esqueletos num telhado. bem sei que tenho o meu esqueleto no telhado e que não o consigo puxar aqui para baixo. ossadas fugitivas do meu telhado, porque não regressais? porque danças sem mim e não me levais? ao som de van Beethoven, vou-me, invertebrado, mexendo em direção a fulgores que também se tingem da cor da merda. e cinjo-me a um lento e encantador minério de tudo o que vai aqui em baixo. sem dieta de éter ou de hélio para me anestesiar ou levitar e agarrar no corpo que f...