"I can see a love restrained" abri o novo livro, entusiasmado. as primeiras páginas pareceram-me fáceis de ler, tão fáceis de viver, tão fáceis de reescrever. tudo tão branco - página, tinta e livro. mas a chuva levou isso. previamente avisado, abateu-se sobre mim um dilúvio, não mais asas me cobriam - apanhei com a chuva, despejada que nem baldes e baldes de água fria - tão ameaçados. repetições, repetições, repetições, repetições, já nada fazia sentido nem explicado vezes sem conta. ilegalidades? também as consigo ter, fazer sentir. sempre me preparei para a vida como que para um teatro, sempre exercitei os meus papeis - mas isso é outra história próxima. "até mesmo os anjos seguem seus perversos esquemas" para quê? de que me servem seus esquemas agora? como ultrapassam a realidade e continuam na minha percepção? porque são transversais e seguem apenas uma única linha simples? o livro mudara subitamente, era agora velho, amarelado, tinta desgastada