Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2010

tension.

Imagem
é-me destinado o Inferno por perdoar o imperdoável uma grande tensão na conversa porque é que são todos rudes? e desculpem-me quando digo que tudo tem a ver com lençóis e vinho vive para o que dizes ser torna-te o teu próprio Deus se vives só... ninguém o sabe.

Trojan horse.

Imagem
E tudo foi mal feito, dada a minha falta de auto-controlo. Corre... não, não corras: não faças nada que sabes que te pode prejudicar, tal como tu não deves atacar os que te são iguais, tais são as leis do Teu deus. Mas por quem te reges tu... se não tu mesmo? A que me dou ao trabalho, se simplesmente te poderia presentear um equivocante Cavalo de Tróia? Eu cá acho... se é que posso achar que te devo uma 3ª oportunidade Mas porque digo que acho, se não encontrei nada? se nada não se encontra, Visto que nada não é concreto? E tendo dito isto... passa tudo A ser concreto? E todas as palavras repletas de significados coerentes podem não conter o mínimo. Tal como as banalidades que podem eventualmente significar vidas.

family.

Imagem
"hey, kid, do I have you're attention?  I know the way you've been living  life so reckless, tragedy endless, welcome to the family." bem vindos à família, e desde já lamento o vosso atraso. lamento o tempo perdido em devaneios, na busca por um mundo que vos deificasse, quando tudo aqui sempre esteve aos vossos pés. agora não há mais que rezar, há que trabalhar, pagar a renda e comprar o pão nosso de cada dia. não lamentemos as perdas, festejemos os ganhos: toda a experiência vivida é única, irrepetível e desigual. agarremo-nos aos nossos heróis pela forma como quisemos ser como eles e falhámos numa primeira tentativa. porém, tudo continua e há muito mais a viver. bem vindos ao crepúsculo, ao momento em que pensamos que já tudo acabou mas ainda estamos naquele limbo entre o dia e a noite, onde apesar do cansaço ainda há esperança, "mas dêem-nos descanso pois tudo perdemos". quem nos mandou? porque fizemos o que fizemos? porque não podemos voltar atrás

masquerade.

Imagem
"here's my formal invitation, you and me go masquerading." bem vindos ao baile de máscaras, a entrada requer, precisamente, o uso de uma. deixemos os medos de fora, escondamo-nos por detrás de pedaços formados, máscaras de porcelana, invejemos Prospero e seu luxuoso castelo, chamo Poe para explicar porquê. deixemos a morte de fora, o luto e tudo o que é sinistro, pois este mundo é luminoso excepto na parte das danças apaixonadas. agarremo-nos aos nossos pares e dancemos a primeira música para depois pretendermos festejar com aqueles que entre-olhamos. bem vindos ao nível 2, à busca bizarra pela aceitação que passa por vários enredos. bem vindos à fase em que os sonhos estão dentro de sonhos, bem vindos ao baile de máscaras em que nos juntamos ao desconhecido e fazemos alianças negras por reconhecimento e protecção. "costas quentes", diz-se, é o que se quer no início de uma vida de fama, fortuna e o que mais vier. bem vindos a um sítio onde a nossa máscara

jungle.

Imagem
"welcome to the jungle, we got fun and games" bem vindos a uma nova loucura habitual, a um sítio onde tudo é desconhecido, onde vamos encontrar o que não conhecemos, o que desconhecemos e o que nem sonhamos vir a conhecer. bem vindos a uma redundância e a um ponto de interrogação, não se sabe se será mesmo uma redundância. tudo é insano num mundo louco. bem vindos à selva que todos procuram, as luzes da ribalta focadas em cada um, as luzes da estrada e dos carros que passam por nós e as luzes das lanternas que procuram algo a baterem-nos nos olhos. o reconhecimento é feito aos poucos e poucos e a cada dia passageiro se recriam mais espaços mentais, tornando-nos uma representação espectral do que pensamos ser a fama. bem vindos à incessante busca pela razão, ao mundo como as rosas o viram, onde todas as árvores foram cortadas por severas cutiladas, onde o chão é irregular, cheio de covas e nada mesmo faz o mínimo sentido. onde caía a chuva de Novembro e nos deram as bem

november rain.

Imagem
"I can see a love restrained" abri o novo livro, entusiasmado. as primeiras páginas pareceram-me fáceis de ler, tão fáceis de viver, tão fáceis de reescrever. tudo tão branco - página, tinta e livro. mas a chuva levou isso. previamente avisado, abateu-se sobre mim um dilúvio, não mais asas me cobriam - apanhei com a chuva, despejada que nem baldes e baldes de água fria - tão ameaçados. repetições, repetições, repetições, repetições, já nada fazia sentido nem explicado vezes sem conta. ilegalidades? também as consigo ter, fazer sentir. sempre me preparei para a vida como que para um teatro, sempre exercitei os meus papeis - mas isso é outra história próxima. "até mesmo os anjos seguem seus perversos esquemas"  para quê? de que me servem seus esquemas agora? como ultrapassam a realidade e continuam na minha percepção? porque são transversais e seguem apenas uma única linha simples? o livro mudara subitamente, era agora velho, amarelado, tinta desgastada

scattered shrapnel.

Imagem
" play your game and walk away, your integrity don't mean shit." já nada no mundo me espanta, já nada surpreende ninguém, tudo está dentro da compreensão humana. nada é tão inexplicável como a desilusão auto-proclamada. nada é como um espelho que não reflecte o existente para reflectir um mundo com menos dor. mas nada mesmo é como um espelho que não reflecte o sangue dos inocentes. "keep on writting, you're just raping yourself. call my name don't stop breaking your soul." nunca pensei que tudo fosse tão simples resumir o mundo: histórias contadas, memórias relembradas e verdades adulteradas. deixar de ser uma vítima para ser o primeiro a atirar uma pedra - ter noites de droga e brigas nos bares enquanto a metrópole rouba nas nossas portagens. imperfeições doentes arruínam as noites do cruel mundo, tornam tudo desnecessário e previsível. "and don't tell me you know we're redestined." quero que haja sempre uma história a conta