scattered shrapnel.

"play your game and walk away, your integrity don't mean shit."


já nada no mundo me espanta, já nada surpreende ninguém, tudo está dentro da compreensão humana. nada é tão inexplicável como a desilusão auto-proclamada. nada é como um espelho que não reflecte o existente para reflectir um mundo com menos dor. mas nada mesmo é como um espelho que não reflecte o sangue dos inocentes.

"keep on writting, you're just raping yourself. call my name don't stop breaking your soul."

nunca pensei que tudo fosse tão simples resumir o mundo: histórias contadas, memórias relembradas e verdades adulteradas. deixar de ser uma vítima para ser o primeiro a atirar uma pedra - ter noites de droga e brigas nos bares enquanto a metrópole rouba nas nossas portagens. imperfeições doentes arruínam as noites do cruel mundo, tornam tudo desnecessário e previsível.

"and don't tell me you know we're redestined."

quero que haja sempre uma história a contar, inventa-a, assim como o espelho te mostra o que não és e o atrocidas. quero que me rotules, para que eu possa iniciar novos capítulos nos meus estilhaços de realidade. quero que esmurres e partas todos os espelhos em que apareço e te martirizes com o que fizeste na obcessão.

"don't ever take my side. I know you're never right. I justify my means."

já antes foi dito, mas nada é o que parece:
sinto-me fumo, efémero, etéreo, translucido, ao sujar os teus espelhos e torná-los também translúcidos. e a impossibilidade de limpar? sou a causa de toda a desilusão.


"as they pray to their lord, the blind can't see."

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