Clube dos poetas loucos
estou sempre bêbado nas minhas lágrimas,
numa constante moca por causa da reputação
e ponho narcóticos nos planos de aula,
não é o que todos dizem?
as crianças entram na minha casa cheia de teias,
mas eu processo-te se pisares o meu quintal,
que eu sou temeroso e miserável, perverso e injusto,
esqueceram-se de levar este drogado funcional.
eu quero gritar aos céus o quão perturbado tu me deixaste:
tu não tens o direito a dizer-me o que é tristeza.
tu não tens o direito a dizer-me que te sentes mal.
tu não duravas uma hora no asilo onde me criaram.
eu era gentil e bondoso até que o teu circo me tornou cruel.
tu atraíste, magoaste, aprisionaste e chamaste-me louco.
mas quem é que pode ter medo de mim?
e é por isso que ainda sonhas comigo.
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