olhos honestos
honestos, honestos, tão porcamente honestos olhos, esses olhos castanhos que outrora idolatrei e agora são altar de adoração de outrém. esses olhos castanhos, honestos olhos castanhos, para uma boca tão porcamente cheia de mentiras honestas. e uma e outra, sempre a enganar, a adiar o inadiável, para fingires me amar quando tudo para mim era tudo e para ti, esse tudo era a merda de um espelho a que olhavas e onde eu pensava veres o meu reflexo na outra metade de ti, quando, na verdade te vias a ti e aos ideais parvos que defendias de um futuro melhor. quando eu apenas e simplesmente quero um futuro melhor para uma humanidade liberada, tu preocupas-te contigo e com o dinheiro que vais ganhar no fim, eu preocupo-me em libertar uma sociedade de canônes e ideologias elevadas, sendo isto irónico só de si, visto que procuro eu mesmo vestir-me bem e não dar nas vistas pela negativa.
e depois passou tudo para o físico.
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