James Dean's empty glass
mental. vómitos. sonhos bolha.
bebia por medo, pelo desespero, bebia e bebia demais, aparecia até bêbado para jantar e a dor, pela qual bebia, não chegou a desaparecer, aliás, nada desapareceu. nesse dia, eu ainda tinha tudo, ou bêbado, julgava ter tudo, bêbado pela fama, os sentimentos, as pessoas... nesse dia, eu bebi por um simples erro que nem era importante, e desencadeou uma cadeia de erros maiores que me fizeram beber mais... e quanto mais bebia, mais errava. e hoje, hoje bebo e erro de forma diferente.
um dia joguei às cartas, e ganhei cinco vezes de seguida. quando perdi reparei numa coisa, o 3 de Ouros não estava nas cartas com que começara a jogar, ao contrário dos primeiros cinco jogos. deduzi que a perda do 3 me fez perder. aqui passa-se o mesmo, eu bebia e errava por um motivo até ao dia em que os erros me fizeram perder o motivo e deixei de errar... porquê? não tinha motivo.
e agora, o que é que eu quero dizer? que bêbado, mas uma bebedeira diferente da de antes, escrevo melhor e consigo sentir-me melhor com o que escrevo do que quando estava bêbado e me forçava a escrever por um motivo.
querido deus, a única coisa que te peço é que me tires todos os motivos da vida, me libertes e que eu só viva para mim. é que me salves enquanto não me sinto por cá, quando a minha cabeça está longe.
simplesmente, ou desisto ou não desisto, sinto o meu coração e a alma abrirem-se. quando este copo se esvaziar arranjo outro.
tão feliz que podia morrer e por mim, tudo bem.
Dream as if you'll live forever. Live as if you'll die today.
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