despair.
os ventos da vida e os ares de cima cheiram a morte. os anjos cantam o fim. nada do que digas ou tentes muda o tempo. a raça humana prepara-se para o fim.
pelas garrafas que chamam o meu nome,
o cansaço e o stress que sinto em cima
a dor de tanto esforço em vão
e a reconecção mais que falhada,
não quero saber de ti esta noite.
procuro os medicamentos, os calmantes,
encontro tudo nas gavetas desesperantes,
esmago coisas, tropeço pelo quarto,
enlouqueço pelo que não quero sentir
senti-me desumanizado esta noite.
dada a minha necessidade brutal
o desespero pelos vícios, para evitar,
evitar os desejos ardentes que sinto
desejos que nunca senti antes desta noite.
parti as garrafas na diligência
afogo-me em álcool e nos LSDs,
adormeço e acordo desesperado
pelos medicamentos, pelo ataque,
sinto a pouca resistência esta noite.
lembro-me do ciúme, da vaidade,
dos pecados todos que cometi,
todos eles capitais, todos eles adoráveis,
o que para mim é bom...
risca os meus olhos de sangue à noite.
aquele que faz de si mesmo uma besta livra-se da dor de ser Homem.
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