haunted.
"passa-se tanta coisa"
não posso, nunca pude, nunca poderei. não é de nós controlar-nos, nem a nós nem aos outros. caem as lágrimas mas o coração fica no mesmo lugar. simples reflexões do que outrora foram pessoas e para mim já não o são perseguem-me, sou assombrado dia e noite por espectros dos que não morreram, esfriam-me, cortam-me, furam-me o corpo e, acima de tudo magoam.
sou uma pessoa de muitas desculpas, pedi-as sempre que as senti necessárias e a cada dia pareço dever-te mais, meu anjo. parece que tudo é anti-eu, parece que tudo é devido a mim, consequências negativas na tua vida e o que faço eu? adoeço feito parvo, sem motivos, sem febres, sem curas.
e que quero eu?
e do que preciso?
que merda é esta?
o que me toca e no que toco eu?
que frio é este e quem me persegue?
porque não me proteges mais?
porque é que já não me fazes sorrir?
como me tem custado sorrir, como me tenho esforçado para tudo e nada se concretizar. como me tenho aguentado com o imprescindível apenas e nada mais. como me contradigo e torno a ambição algo abstracto, desnecessário à minha vida. como acho facilidade em tudo o que faço.
vá lá, vá lá, não me deixes assim, pensei que já te tinha percebido, não é possível respirar sem o teu ar, não consigo virar-me para o que já virei as costas.
sou assombrado, sempre fui e sempre serei. fantasmas do passado, diz-se por aí, diz-se... quem engano eu? são-o. não mais que cadáveres espectrais, manifestam-se e temo-os, persigo-os da mesma forma que me perseguem, interessa-me o que fazem da mesma forma que lhes interesso.
ninguém é santo, ninguém é o que faz de si.
vá lá, vá lá, não me deixes assim, pensei que já te tinha percebido, não é possível respirar sem o teu ar, não consigo virar-me para o que já virei as costas.
sou assombrado, sempre fui e sempre serei. fantasmas do passado, diz-se por aí, diz-se... quem engano eu? são-o. não mais que cadáveres espectrais, manifestam-se e temo-os, persigo-os da mesma forma que me perseguem, interessa-me o que fazem da mesma forma que lhes interesso.
ninguém é santo, ninguém é o que faz de si.
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