soul poisoner.
RAH!
fartei-me de esperar pelo dia que chegasse, o dia que não chegou, o dia que acabou por ser meu.
o mundo é um lugar pequeno, sinto que Deus não suporta viver numa caixa, não basta o mundo ser só o que é, por simplesmente não bastar nem a Deus. cada passo é minimalista, num mundo vazio, que mais se parece com os lugares horrendos, onde prendi o ódio, onde me livrei de cada um de que não gosto, caixões, pirâmides e igrejas. o que para mim não basta, serve-lhes de conforto, à minha mercê, imagino que se sintam em casa, neste sítio tão pequeno e tão vazio.
"onde estou?"
perguntam-se, e eu sinto-me feliz, ao fim ao cabo, ainda discernem que vivem.
"quem és?"
e eu rio-me.
afinal, se soubessem metade do que se passa, e creio que nem cheguem a divisá-lo, o seu mundo seria maior... como o meu. eu sou má pessoa, nunca ouviram falar em Temor a Deus? ridículo não é? mas a cada letra que lêem, o que vem a seguir pode significar vidas.
"mas isto é...
porque é que estás no meu coração?"
porque é que estás no meu coração?"
"sim, era a minha luz... mas o meu coração está quebrado, e agora...
o pouco que me sobra escapa-me."
o pouco que me sobra escapa-me."
não está em mim o tirar ou partir, está em mim o que anteriormente estava nos outros, a posse. enquanto eu faço o que quero.
"quero sair daqui"
se a saída será sempre a mesma, se tudo o que o mundo faz é uma redundância, se cada um está errado em tudo o que faz, se cada gesto mata alguém, se até eu erro em odiar o ódio.
meias palavras para quê, se tudo o que existe no mundo é mau, pensar nos faz amar algo e odiar outra coisa.
tão só é meu objectivo o de envenenar as almas contra o ódio, de lhes disferir um golpe antidotal.
RAH!
Comentários
Enviar um comentário