Superior da Penumbra.
Colecciono complexos que não iluminam as minhas mais escuras lástimas. A resposta está na minha constante busca de uma nova dimensão, vestindo novas almas, um coração de cada vez. As teorias só me retratam a mim mesmo, vivo numa constante duvida sobre a minha autenticidade, sobre a essência que existe em constante mutação. Um núcleo repetitivo para uma canalização de diferentes ondas e luzes de cores. Hoje inauguro e repito monstros da minha vida. Em júbilo e na melancolia, o coração conduziu-me à obliteração. Copo a copo, gota a gota, todos passam por isto. A solidão rodeada de novidade levou-me ao pânico, à regurgitação vital. E sonhei sobre os ódios mais ancestrais, ouvi as suas vozes digitais unindo-me a eles para novas tramas e dilacerações. Riam-se de mim como que coberto de pós dourados, rosados e brilhantes. Eu vivo no interior, no meio de tudo e nada, onde existem as coisas. Eu sou o que sobra e ao mesmo tempo sou tudo o que alguma vez existiu. Um preâmbulo e ao mesmo ...