O que leva o homem
— tradução de "Man Carrying Thing", de Wallace Stevens
O poema deve resistir ao intelecto,
Quase com sucesso. Vejamos:
Numa tarde de inverno o vulto resiste
Ao reconhecimento. Aquilo que carrega
Resiste ao mais necessário sentido. Aceite-se,
então, como secundário (o mal-entendido
de um todo óbvio, as partículas incertas
de um sólido justo, o primário sem as dúvidas
que flutuam como os primeiros flocos de neve
da tempestade que aguentamos a noite inteira,
a longa tempestade das coisas secundárias),
um medonho pensamento que, de repente, é real.
Aguentem-se estes pensamentos por uma noite,
Até que o que é obviamente lúcido se revele, imóvel, em gelo.
O poema deve resistir ao intelecto,
Quase com sucesso. Vejamos:
Numa tarde de inverno o vulto resiste
Ao reconhecimento. Aquilo que carrega
Resiste ao mais necessário sentido. Aceite-se,
então, como secundário (o mal-entendido
de um todo óbvio, as partículas incertas
de um sólido justo, o primário sem as dúvidas
que flutuam como os primeiros flocos de neve
da tempestade que aguentamos a noite inteira,
a longa tempestade das coisas secundárias),
um medonho pensamento que, de repente, é real.
Aguentem-se estes pensamentos por uma noite,
Até que o que é obviamente lúcido se revele, imóvel, em gelo.
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