A Máquina.

- A Máquina inicia o processo quando carregar no botão.
- Ela imprimirá um sonho e mostrará como nunca o irá alcançar.
- De seguida, ela manifesta um erro e começa a cuspir tinta que lhe entrará para os olhos.
- O processo deve ser repetido sempre que sacudir as lágrimas e limpar a maioria das manchas.
Eu sinto-me um bocado, um bocado fechado,
Quando reconheço talentos a que não alcanço.
Renuncio leis a vocábulos tão simplórios,
Prefiro ficar-me pela venda do meu coração-pop.

Eu vejo quando não vejo que vejo,
Pessoalmente cair de cara ao chão e furar dinheiro,
Prostituir esta miserabilidade temática e desconexa,
E andar na boca de todos esses apedrejadores.

Sempre quis ser um herege ecléctico, o desejo é morrer afogado,
E a vida deve ser vivida em constante fornicação-masturbação.
É um nojo e um desgosto e um calabouço pensar que saí assim,
Divindade caída aos pés de absintos, um caleidoscópio focado.

Tão simples, tão ineficaz, pobre e vulnerável.
Habilidades para quê se não há vocações,
Complexos para quê se és um constante desalento.
Tu só queres fugir a monstros que desenhaste,
Às mulheres que não agradaste, aos homens derrotados.

És ocioso; o teu sangue, lastimoso.
Quem desdenhas, inalcançável,
Os teus desejos, demasiado fáceis.
Sonhas baixo para nunca atacar.

Alguns sonhos são práticos... outros demasiado vãos.


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