"Inelutável modalidade do visível: Fecha os olhos e vê." — James Joyce Franqueei às ideias um facto: não era o que queria, nem o que imaginei, não é justo, nem consensual, é espantoso e fui eu que fiz. Um furacão de esmeraldas botânicas! — tintura das jóias, tecidos dos sonhos — giram as páginas do livro amarelo aberto e derrama-se um delta que ficou por beber. Agora cospe ramos e ramos de rosas, voam os trajectos da cor dos dentes-de-leão e dos dentes dos lótus — senhores das próprias poses e do que está nos seus nomes. Os cactos do deserto numa constelação que toma a forma com que eu os esculpir! Mas, se fechares os olhos para ver, são, ainda (e porém), bolhas de sabão! As armadilhas de Vénus rebentam em fogos-de-artifício, cheias de água na boca! Que mais pirotecnia se pode fazer? Ao fluorescente tufão, junta-se a neve de diamantes, absorvida pelo orvalho das carnívoras. Narcisos tiranos e vinhas sádicas que fluem em improvisados bouquets . Espanta-te a naturalidade com qu...
Estrelas que no céu benzem todas as águas, Gritos guturais pela cegueira que vejo frontal Balas a rasgar véus negros por entre diamantes, Deixando-me completamente fora de mim. Redimam a minha não-tão-sã-mente, Não estou seguro no mais onírico paraíso, A inocência inscreve-se rasgando as veias. São vermelhas-hemoptise, as fulgurações-azuis. Toda a noite me ocupo de preocupar, A meio do sonho volto-me de me revoltar, Não há tempo para o contratempo de respirar. Rezo um poema final, para sempre fugir daqui, É esse nosso eterno desejo, o de não viver. Aqui.
afinal é o trauma um diamante esculpido. de várias facetas timbrado. de vários flocos efeitos. observável pela vesguice e pela nitidez. da prudência e da avareza. da gula e do vómito. da luxúria e da cristalina vergonha. Vénus do Nilo e sangue de Milo. lá está diante de mim, o Caos de todos os olhos e todas as jaulas, bem abertos, bem cerradas, repletos da minha própria fúria descarregada. o cemitério de todos os meus pedestais. de antigo testamento na língua, com o contrato por assinar na mão, já rabiscado. e dizem-me para ter cuidado, que o Caos nunca vai desaparecer e vai continuar a consumi-los até que eu descubra uma maneira de esculpir o tal diamante que persigo. as fantasmagóricas árias de todos os zombies ainda vivos, as guitarras eléctricas que me dizem que voltar para trás seria tão mais fácil. os nunca mais ecoados nas gargantas dos corvos, como unhas em ardósias, que me agitam a vontade de viver por medo. é uma tempestade. é ensurdecedora. e a quatro, ou oi...
Comentários
Enviar um comentário