je n'est pas moi
Que serei eu, que não um mero objecto numa frase?
Se não a influência psicológica da outridade em mim?
Não sou mais que pensamento como minha própria prova irrefutável,
Nem menos do que o que me circunda, por mim apreendido e engolido.
Eu não sou eu, je n'est pas moi, je n'est pas moi-même.
Sei que existo porque de mim saio, enquanto permaneço.
Um concreto de um abstracto ou o vice-versa de um ser-estar-ficar.
Sei que sou porque aqui fico... numa constante reverberação do ânimo.
Mas o ser deixa de ser quer quando se conjuga, quer quando se predica,
E predicar é fatalizante - e eu não sou eu mesmo. Nem o mesmo.
Foi, sem dúvida, a dúvida que menosprezei que me provou.
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