agarro na caveira do Hamlet e solicito: — sorris para mim enquanto eu sorrio para ti? dá-me a tua melhor dança macabra! giras em voltas e danças tão alegres, a paixão escarlatina, de delirar, de escarnecer, sussurro-te: abracada-arca, não é preciso rimar, quando é amar ou sofrer. vamos lá! dá-me a tua melhor dança macabra! até o tempo e a dança marcarem o mesmo ritmo, deixa às ondas o baptismo gutural, pelo fogo purificar o que Prometeu feito anarca algum dia carregar, não preciso rimar para decidir o que fica e onde vai parar. vamos lá, dá-me a tua melhor dança macabra! tremem-te as pernas, estremecem os músculos, entre cartas e xadrez, vamos mascar rosas, larga as tesouras de podar, que ainda nos vamos cortar... para quê rimar, se já imploras sem desejar. vamos! dá-me a tua melhor dança macabra! quantas vezes o meu nome? no vazio de outra caveira procuraste em vão o ouro do meu olhar? quantos pactos com Deus pensas que nos vão perdoar? não vou rimar, se é isso que de mim estás a espe...
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