Auto-Cronografia Pseudo-Empírica

Estrelas que no céu benzem todas as águas,
Gritos guturais pela cegueira que vejo frontal
Balas a rasgar véus negros por entre diamantes,
Deixando-me completamente fora de mim.

Redimam a minha não-tão-sã-mente,
Não estou seguro no mais onírico paraíso,
A inocência inscreve-se rasgando as veias.
São vermelhas-hemoptise, as fulgurações-azuis.

Toda a noite me ocupo de preocupar,
A meio do sonho volto-me de me revoltar,
Não há tempo para o contratempo de respirar.

Rezo um poema final, para sempre fugir daqui,
É esse nosso eterno desejo, o de não viver. Aqui.


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