L'Impeto Oscuro
A distância da queda de um sonho é demasiado curta. Os mundos são demasiado pequenos para colidirem quais átomos. E é de novo e sem pesar que se me gelam as veias pelos defuntos. O resultado é um magnífico fogo de artifício, mas o que salta é carne solta, excruciada. Cometendo apenas um pecado capital. Recentemente sinto que faço o tempo submeter-se à superbia.
A vontade, a vontade, poupem-me a vontade, desbastem as cabeças, guilhotinem as próprias pernas, caminhar nunca foi vontade. É que de boas intenções está o inferno cheio, mas aqui, onde a terra e o inferno se indistinguem, essa facécia revela a sua ineficácia. É natural que se afoguem os peixes que não sabem nadar. Recentemente sinto que o tempo se submete à superbia.
O mal-estar, o tóxico mal-estar, a infecção odorosa de uma sala de espera hospitalar, a constante dor que não dói do osso que não temos, a planta que tenta viçar rasga o talo a si mesma por assim desejar. E é tão raro ver-se florir rosas no inverno, quanto mais no inferno? A pena que lhes falta às asas, fazem fingir de lágrima. Sinto que o tempo se submete à superbia.
Põe-se o capuz negro, tapa-se a cara com a sombra, procede-se a mais um assassinato manipulado pelo duro acaso. Uma autenticidade que nunca desvelarão é a do acaso e como as cordas que me saem das unhas não existem. Não obstante, dançam a dança que evitaram desde nascer, sem cordas, agem como se assim as quisessem. Marioneta das marionetas. O tempo submete-se à superbia.
É que falta-lhes, perdoe quem puder, a sorte de abrir os olhos e pôr os pés no chão, sair do asilo e permitir a eficácia absoluta da sorte de viver. Falta-lhes a falta de hábito e faz-lhes falta, devia ser falta penalizada legalmente — mas, ó, é-o cosmicamente. Fazem tudo para deliberar que o seu caminho é o melhor por ser o óbvio, o caminho já caminhado. Submetes-te à superbia.
Dão ao pedal numa bicicleta com rodinhas que passa por cima do fio já delineado de um trapézio, porque nunca lhes disseram que podiam virar e voar. A vertigem é demasiada para que a regra seja desviada ou alterada. É necessária. É necessária a pala à mula que quer andar de bicicleta. Mestre dos mestres. Agora outro brinde: À superbia.
O que mais me entristece nem é a sumptuosidade com que se carregam, com a postura de reis e damas de copas, esses duques de paus. Por me ter apercebido desta resposta ou cosmovisão óbvia, que permite um contacto directo com a experiência sem julgamentos prévios, por serem inúteis da indeterminável causalidade. O que entristece é ter descoberto a felicidade e a resposta. Superbia.
A vontade, a vontade, poupem-me a vontade, desbastem as cabeças, guilhotinem as próprias pernas, caminhar nunca foi vontade. É que de boas intenções está o inferno cheio, mas aqui, onde a terra e o inferno se indistinguem, essa facécia revela a sua ineficácia. É natural que se afoguem os peixes que não sabem nadar. Recentemente sinto que o tempo se submete à superbia.
O mal-estar, o tóxico mal-estar, a infecção odorosa de uma sala de espera hospitalar, a constante dor que não dói do osso que não temos, a planta que tenta viçar rasga o talo a si mesma por assim desejar. E é tão raro ver-se florir rosas no inverno, quanto mais no inferno? A pena que lhes falta às asas, fazem fingir de lágrima. Sinto que o tempo se submete à superbia.
Põe-se o capuz negro, tapa-se a cara com a sombra, procede-se a mais um assassinato manipulado pelo duro acaso. Uma autenticidade que nunca desvelarão é a do acaso e como as cordas que me saem das unhas não existem. Não obstante, dançam a dança que evitaram desde nascer, sem cordas, agem como se assim as quisessem. Marioneta das marionetas. O tempo submete-se à superbia.
É que falta-lhes, perdoe quem puder, a sorte de abrir os olhos e pôr os pés no chão, sair do asilo e permitir a eficácia absoluta da sorte de viver. Falta-lhes a falta de hábito e faz-lhes falta, devia ser falta penalizada legalmente — mas, ó, é-o cosmicamente. Fazem tudo para deliberar que o seu caminho é o melhor por ser o óbvio, o caminho já caminhado. Submetes-te à superbia.
Dão ao pedal numa bicicleta com rodinhas que passa por cima do fio já delineado de um trapézio, porque nunca lhes disseram que podiam virar e voar. A vertigem é demasiada para que a regra seja desviada ou alterada. É necessária. É necessária a pala à mula que quer andar de bicicleta. Mestre dos mestres. Agora outro brinde: À superbia.
O que mais me entristece nem é a sumptuosidade com que se carregam, com a postura de reis e damas de copas, esses duques de paus. Por me ter apercebido desta resposta ou cosmovisão óbvia, que permite um contacto directo com a experiência sem julgamentos prévios, por serem inúteis da indeterminável causalidade. O que entristece é ter descoberto a felicidade e a resposta. Superbia.
Comentários
Enviar um comentário