A Frieza

A Beleza, o trono azurite da turquesa prometida,
Torna o coração separado da neve — como um cisne
Petrificado pela inspiração — na tundra, uma investida:

Existir só para chorar e nunca se poder alegrar.

A frieza dos morais!, como um sonho infernal,
Corrói o poema com o olhar, funde-o em artéria!
E fascina nos entediados uma piada — o Ideal —,
Nupcial, mas tétrica como a própria matéria.

As artes derretidas nas costas das beatitudes,
Que oferecem alma às propostas orgulhosas,
Derretem as horas em repúdio das atitudes;

É que para inspirar as próximas filósofas,
Quis ser o cinzel para os mais belos mares de rosas:
Nos olhos cilindradas, escuras, mortas.

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