Afasta-te, Colónia.

Inexistimos,
Cada pensamento assassina o reflexo límpido no rio.
Os espelhos são rompidos pelos nossos punhos.
Fomentamos guerras a favor da ignorância.
A perfeição ou existe em todos ou ninguém a tem.
Vivemos com uma expressão no pensar: "estou-me a cagar."

Inconcretas poesias que envenenam a mente,
Deixam a Mensagem viver o seu assassinato.
O meu caminho não é o mais correcto,
Deus nunca me desenhou direito.
E esta é a minha casa, eu não aceito desrespeito.

Pobres, vejam a limpa roupa que só vou usar hoje.
Chorosos corações, este é o sorriso que vos ignora.
Bagos de arroz a África e banquetes de deixar sobrar ao jantar.
Consumimos a pobreza para ver a riqueza desaproveitada.
"Alcancem o que vos atiro e é se querem,
Não me vou aproximar da vossa raça-epidemia."

De arma na mão, arriscamos o gatilho,
Não te aproximes enquanto te não ajudo,
Agradece a Deus, desde que Cristo é branco
racialmente, sou teu superior.

Tenho nojo de mim, parte da anti-situação.
Descontrolados da megalomania,
Viver para ver estrelas cair, desejamos mais,
Eles que encontrem restos de meteoros.

O céu é grande mas a ignorância afoga o pequeno coração.
"Prefiro viver sem saber."

Evolução do atraso,
O poder de perder a cada conquista,
Vendemo-nos para as lágrimas caírem em vão.
Asmodeu orgulha-se de ter arrotado a nossa luxúria,
Bate palmas ao nosso desleixe e senta-se à nossa mesa,
Onde não come para mais lixo restar.
Luxo é viver de lixo.

Lanço as mãos ao céu, desespero por cinco cêntimos.
Eles, pagãos, encontram um pedaço de metal
E na sua sociedade são deificados.

O sofrimento nunca vai acabar,
há uma réstia de desespero inerente à nossa condição,
Os mínimos feixes de esperança serão sempre pequenos.
Vai sempre alguém viver de fome,
Vai sempre alguém morrer de gula.

Descobridores, foi aqui que vocês erraram,
Religiões, a vossa união criou as nossas diferenças,
Visão, a cor para ti é um horror.
Errámos ao pressupor a nossa presunção.