Sonhos Vomitados.
As sombras multiplicam-se e a visão é turva, nada se compreende a não ser a batida "bam bam bam bam-bam-bam bam bababam" da música disco. O calor dos corpos é desprezado pela vontade de libertar o que lhes está acarretado no demente peso da mente. E eu danço, danço, danço sobre o tremor de terra do baixo e pelos pés que aterram no chão. Os copos multiplicam-se e os cigarros desaparecem e o álcool sugado exponencialmente, a noite ainda mal começou e já não tenho mantimentos e aquela rapariga ao fundo interessa-me. A forma como se mexe é tão sensual, o calor emana de dentro, é como se tivesse relações com o disco.
Olho em redor, peço um cigarro, enchem-me o copo. Os pensamentos percorrem a mente como ela percorre a pista de dança, os lábios, de tão vermelhos, penetram-me os olhos, os seus olhos de um castanho profundo fecham-se durante a maioria dos movimentos para apenas voltarem a ver a luz roxa quando ela se encosta, sem querer, a alguém. É um corpo cujo copo quero encher sem receber.
As horas passam e a pista de dança transforma-se num cemitério de ébrios sem noção, zombies escravizados pelo Disco, vampiros da música pop. A cabeça roda com os olhos, os pés mexem-se em todas as direcções menos em frente, as dificuldades acompanham-me o resto da noite... noite... é tarde para quem se deita cedo, cedo para quem já acordou. Mas... então e ela? Não estava no bar nem no chão a dançar, não está deitada na praia à espera do primeiro raio de sol. Viram-na? Passou por aqui? Não saiu? Onde está? Nenhures para ser encontrada e o coração deixa de bater o entusiasmo. Quero algo mais, mais proximidade que a inútil e ridícula dança dos loucos.
Ela era... era a moda do meu coração, o desejo primavera-verão. Era quem ficaria bem comigo, alguém que nunca trocaria. Uma moda só para mim, os meus olhos viam um paraíso. Terra prometida dos meus boxers. Quero dançar às escuras, o sexo ignora a insegurança. Vi-me engolido pela inexistência do seu corpo, não estava em lado nenhum e a noite acabava solitária como sempre. As pessoas não pagaram para ter corpos, não devem pedir para os vender.
Vomitei a tontura, a visão turva, as palavras que disse e não devia ter dito... só não a vomitei a ela, ela era a única que não aparecia de lado nenhum mas também não desaparecia da minha mente. Deitei-me adormeci envolvido de bolhas de sabão. O meu único medo é que o sono acabe. Os seus lábios beijavam-me o crânio e não me largavam, os olhos perfuravam as bolhas de sabão, o eyeliner negro, a cara e a roupa iluminadas pelas luzes roxas - ela estava dentro da minha mente, o único local onde eu podia fazer tudo o que acabei por não fazer.
Obsessão, prendem-se as almas à mente de tão intrínseca forma que o coração deixa de distinguir, o que é que eu faço, o que é que eu fiz, é tarde demais, eu nunca quis... Mas só quando nos apercebemos do mal que essa pessoa nos faz sem fazer, realizamos e devemos aceitar, a obsessão está para ficar. Ela foi o único monstro que não me comeu o coração.
O coração é uma bomba relógio, o coração é uma bomba relógio, nove, oito, sete, o coração é uma bomba relógio, seis, cinco, quatro, dá-me o que quero, dá-me prazer, três, dois, um esta é a última - BOOM.
Olho em redor, peço um cigarro, enchem-me o copo. Os pensamentos percorrem a mente como ela percorre a pista de dança, os lábios, de tão vermelhos, penetram-me os olhos, os seus olhos de um castanho profundo fecham-se durante a maioria dos movimentos para apenas voltarem a ver a luz roxa quando ela se encosta, sem querer, a alguém. É um corpo cujo copo quero encher sem receber.
As horas passam e a pista de dança transforma-se num cemitério de ébrios sem noção, zombies escravizados pelo Disco, vampiros da música pop. A cabeça roda com os olhos, os pés mexem-se em todas as direcções menos em frente, as dificuldades acompanham-me o resto da noite... noite... é tarde para quem se deita cedo, cedo para quem já acordou. Mas... então e ela? Não estava no bar nem no chão a dançar, não está deitada na praia à espera do primeiro raio de sol. Viram-na? Passou por aqui? Não saiu? Onde está? Nenhures para ser encontrada e o coração deixa de bater o entusiasmo. Quero algo mais, mais proximidade que a inútil e ridícula dança dos loucos.
Ela era... era a moda do meu coração, o desejo primavera-verão. Era quem ficaria bem comigo, alguém que nunca trocaria. Uma moda só para mim, os meus olhos viam um paraíso. Terra prometida dos meus boxers. Quero dançar às escuras, o sexo ignora a insegurança. Vi-me engolido pela inexistência do seu corpo, não estava em lado nenhum e a noite acabava solitária como sempre. As pessoas não pagaram para ter corpos, não devem pedir para os vender.
Vomitei a tontura, a visão turva, as palavras que disse e não devia ter dito... só não a vomitei a ela, ela era a única que não aparecia de lado nenhum mas também não desaparecia da minha mente. Deitei-me adormeci envolvido de bolhas de sabão. O meu único medo é que o sono acabe. Os seus lábios beijavam-me o crânio e não me largavam, os olhos perfuravam as bolhas de sabão, o eyeliner negro, a cara e a roupa iluminadas pelas luzes roxas - ela estava dentro da minha mente, o único local onde eu podia fazer tudo o que acabei por não fazer.
Obsessão, prendem-se as almas à mente de tão intrínseca forma que o coração deixa de distinguir, o que é que eu faço, o que é que eu fiz, é tarde demais, eu nunca quis... Mas só quando nos apercebemos do mal que essa pessoa nos faz sem fazer, realizamos e devemos aceitar, a obsessão está para ficar. Ela foi o único monstro que não me comeu o coração.
O coração é uma bomba relógio, o coração é uma bomba relógio, nove, oito, sete, o coração é uma bomba relógio, seis, cinco, quatro, dá-me o que quero, dá-me prazer, três, dois, um esta é a última - BOOM.
ADORO! Tu já sabes, não é? lol
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