cosmofilia.

o céu é o nosso poster da terra do nunca, vamos arrancar-lhe as estrelas, para reparar no que estamos a perder. há demasiado para ver por aqui e eu quero vê-lo contigo. foi entre os diabretes que encontrei a segunda estrela à direita em direcção ao amanhecer. que arrebatei à cúpula turquesa. fui eu nisto, j'est un autre, de nouveau. a força mítica que me roubou ao mundo para a ilha da caveira resulto num tão grande aturdimento. o negro dos olhos fechados é fachada pelo céu da noite, o fundo é cratera de vulcão. olhos que não brilham sem música. outros que só brilham com música. flauta de Pan. esculpimos uma galáxia corpo a corpo. mantivémos abertas as veias para as colar a sangue e cuspo. como é que se lida com os sinais de um corpo estranho?, qual constelação corpórea?, celeste por sinal?, celeste sinal, por sinal?, celeste à minha frente? arrancava os meus olhos às estrelas para não ter de saber... mas ficava tanto por vir.

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