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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Oblívio: A lâmina de pétalas

Eu rebolei na lama e salvei um trono. Certamente, seria tarde demais para apresentar o que quer que fosse de remorso. E, na verdade, era um péssimo dénouement . Os que se perderam pelos corredores deste castelo não receberam o memo : encontrar é perder, perder é encontrar. Não é uma questão de transviar as direcções, não é uma questão de trânsito. Não é sequer uma questão gnóstica, nem, até, de destino. É saber caminhar: pôr um pé em frente ao outro e seguir. A direcção da sequência é sempre frente, a vida não tem outra e o Castelo Oblívio é tel qu'elle . Sublinho outra vez: caminhar é em frente, não é para cima, meu bando de zés-ninguéns... ou seu, não quero apoderar-me do que quer que seja. Como tantos nadas que cantaram em refrões e ecos o narcisismo do meu passado, que permitiram a construção deste fantástico baluarte das armaduras. As muralhas sobrepostas, brancas, escritas a grafite, inscritas a grafíti, porque o simples é fixar o passado dos outros. O simples é fazer malabar