Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2012

A Cruz

Imagem
Apesar do pesar, a cruz firma e afirma-se. Porém, onde poria as culpas? A ver por haver o gosto que sinto desgosto, Sem nada, mesmo quando acenada.
transmissão ivan curtis D E S O R D E M [Ivan, sempre apático, sem olhar para o Queimado] Tenho estado à espera que um guia me venha buscar pela mão. [Queimado, a rir-se] Sabes que dessa cultura de plástico e escarro não evoluis, não sabes? [Ivan] E essas sensações... podem fazer-me  podem-me fazer sentir os prazeres de um homem normal? [Queimado] Não fazes sentido, Ivan Curtis. [Ivan] Estas sensações já não fazem sentido por mais nenhum dia. [minutos de silêncio depois] [Queimado] Quem és tu, Ivan Curtis?; o que é que queres? [Ivan] Tenho o espírito, perco o sentimento, sentimento, sentimento, sentimento, sentimento, sentimento... sentimento.

Primavera

Imagem
Encontram-se Obsessão e Coincidência numa esquina a discutir,  Uma grita "Larga-me" e a outra ressoa"Nem te toquei". Fartas de brigar procuraram a Razão para alguma iluminação: Mas ela não estava lá. Nunca esteve para nenhuma delas. Porque na Teimosia não há Certeza. E na Sorte, menos ainda de Ciência.

20.07

Tu, Aqui o render do coração, da alma e do corpo - a ti. São as lágrimas de tinta mais alegres que já verti - pelo orgulho e prova que nem tudo se vive de cadência - que há um presente na tua comunhão. Noite de copas brilhantes, risos forçados, sorrisos fingidos. This is how to be a heartbreaker - and this is how to be heartmolten.  Obrigado por tudo e por o seres.

Legado da Resistência

Imagem
Avança, taciturno, contra eróticas moto-serras, Vá, não quedes quieto, dias mortos recapitulam, Nem escarnecidos os teus gritos são afinados. Sou demasiadas questões para a mente, És copos de gin que não alcançam a dose, Aquela fila rodeava à vila por um dia mau. Tu podes facilitar todas as piadas mortas, À falta de chão tens mesmo que te perder, No deleite de tanta boémia, Joana Maria. Aqui não reinam velhos amigos, mas sim lembranças, Falsos gordos que governaram sobre o fantasmagórico.

23:31

Imagem
Não se escrevem histórias, vivem-se. Quando se relata, tornamos artístico ou criamos o próprio elemento de arte. Saber que este cigarro se vai afogar e que a satisfação não chega cedo é um exemplo.Vivi preso à esquizofrenia de uma ligação que pudesse voltar, para ver a morte contrariar-se e ver o rio Tempo banhar aquele corpo novamente. Apesar de não pesar no corpo como a alma, a memória é o martírio mais obliterante. Lá, eu vivi o passado que florescia em múltiplos desertos e florestas, reguei rosas brancas e plantei chaves como se escavam sepultura. Tinha o direito de desfazer o fio da minha vida em vários e enterrar os que correram mal - homenageando a leviandade. Transformar a monstruosidade irreversível em arte. A morte, como nascente, foi também o desaguar.  Na minha face está toda essa multiplicidade. Por trabalhados que sejam, os passados petrificam para que a constante medusa do presente os continue. Somos todas as estátuas e podemos esculpir o que já estatizou. Peso é t

"The Killing Joke".

Imagem
se vou ter um passado, quero que seja multiplo. Um passo para a fissura, a segundos da loucura, Relembrar-te, na beira de tudo o que é derradeiro na vida: um mau dia. Mas no fim de todo o niilismo, não perdi a fé no espelho; E apesar do narcisismo, ainda acredito na mentira total, ebulição. A hora nostálgica não vai ser livre de correntes mentais, O momento de desgraça quando ri por chorar não passa desta ligação. Não mates depressa, não chores ressentimento devagar, Seca todas as camisolas afogadas no mar de sofrimento, pelo amor da sorte. Vivi o caos acreditando no motim que mudaria a minha vida, Nem uma puta a fumar bongo me vai curar, insatisfação. Vi o mundo ser dobrado, a realidade fugir-me dos pés, E de uma só vez, o sóbrio tornou-se no lunático, olhos verdes. E o que é que aconteceu às fronteiras do sono? Não sei se vejo nem se imagino, não quero saber. Não me vais salvar da piada final, Nem libertar-me do asilo que é este farol, desliga. Dois

ET BLANC EN NOIR.

Imagem
Não te culpo por me teres roubado a mim mesmo, quando me jurei meu próprio rei. Não te culpo pelo declínio de um império, mas pela ascensão da liberdade. Não te culpo pelo derreter das minhas paredes, pela última vez que as vi erigidas. Não te culpo por te amar quando não o sei, culpo-te se te magoo na ignorância.