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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

soul poisoner.

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RAH! fartei-me de esperar pelo dia que chegasse, o dia que não chegou, o dia que acabou por ser meu. o mundo é um lugar pequeno, sinto que Deus não suporta viver numa caixa, não basta o mundo ser só o que é, por simplesmente não bastar nem a Deus. cada passo é minimalista, num mundo vazio, que mais se parece com os lugares horrendos, onde prendi o ódio, onde me livrei de cada um de que não gosto, caixões, pirâmides e igrejas. o que para mim não basta, serve-lhes de conforto, à minha mercê, imagino que se sintam em casa, neste sítio tão pequeno e tão vazio. "onde estou?" perguntam-se, e eu sinto-me feliz, ao fim ao cabo, ainda discernem que vivem. "quem és?" e eu rio-me. afinal, se soubessem metade do que se passa, e creio que nem cheguem a divisá-lo, o seu mundo seria maior... como o meu. eu sou má pessoa, nunca ouviram falar em Temor a Deus? ridículo não é? mas a cada letra que lêem, o que vem a seguir pode significar vidas. "mas isto é...  porq

hurt. / mercy.

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mas há tantas dores que nem tu nem o tempo alguma vez vão apagar... por ti: a minha mão em frente às lâminas mais afiadas. o álcool a sarar-me as feridas de um corpo rasgado. morrer afogado, mesmo prestes a respirar. arder no pior dos infernos se dele te livrar. estar a um passo do mais belo paraíso e cair para o pior dos purgatórios. se o meu sangue te curar de algo, tirá-lo-ei eu mesmo do corpo. a pior das dores eu quero sentí-la para manter a tua sanidade. seguir até às cataratas do mundo, percorrer gelos e ardores. depenar os anjos, ser sulcado pelas suas mais luminosas espadas. sentir o finar do coração, da alma e da mente; o maior veneno. ser morto injustamente, desde que te veja os olhos uma derradeira vez. se por ti não conseguir viver, outro alguém o há-de fazer. ver as mais negras nuvens rodear-me, esticar-me a cada flash. perder os sentidos para o gélido fim da noite e do dia de tudo. carregar a mais pesada cruz, como a que carreguei até te encontrar. um t

holy hooker.

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"late at night when you're looking to sin, call her up and she'll lay down the law. you can't trust her, she'll lie to your face , but that's not why you gave her a call."  "I don't speak German but I can if you like" dizia ela. encontrei-a à esquina da igreja, blasfémia das blasfémias - há uma puta à esquina da igreja. a coragem que nunca tive, de ver as blasfémias como peças de arte. estremeço ao pensar nessa junção. e o que se passou entre nós foi uma possessão, o pior dos demónios mostrou-me que o mais horrendo crime pode ser realizado no mais são sítio. os estilhaços dos vitrais, amarelos, verdes, vermelhos - envolvem-me o corpo. o sangue escorre e eu só penso "did I make it?" mas o facto é que consegui. a gaja está morta. nua e morta, em cima do altar. o sangue escorre-lhe dos lábios e o maior dos vitrais está-lhe cravado no peito - um estilhaço enorme e vermelho. a sala expunha ossos em cada parede - aliás... não s

welcome to success.

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I wish we all could be blind, it would be easier out there.  all of that's too much and all that's not enough what traps us on vice and scarces... I live in the world I carved, I live off of success I reward myself with what I want because there's nothing I really need Ich bin absolut klar, solange ich ein Monster. one day I became obsessed with fame and I thought to myself,  what can you do to get what you want? and I wrote it on a paper…  and I liked what I wrote. people love and people hate people lie and people live real I have my Bible written by hate, I wear their prejudice towards me as a brand. the lie they realized... I wonder how would it be to live it... and when they told me I only wrote "shei ße"  and I started writing their lives...  how ironic is it? and when I took a photo with a dog and couldn't because they had so before? now taking photos with them would be taking pics with bugs oh pain is something I don't feel for s

Ellysium fields of pain.

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ajoelha-te e reza a Mim, em Meu e só Meu nome, que tanto cobiças. IDOLATRA- M E, TEU DEUS eles vêem-Me feliz... odeiam. fiquei por lá, onde vislumbrei a dúvida do Meu coração. num mundo triste, a sinistralidade de cemitérios e cemitérios, de todas as mortes que Eu causei - a mentira que por Mim tornaram verdade. eles mataram-se. suicidaram-se na sua ridicularidade! mentiram a si mesmos sobre a própria vida. sua vida era não outra que a Minha, indignada, viviam-na quase tão intensamente como Eu - se fosse real. mentiram a si mesmos sobre a sua própria felicidade e a tristeza foi o que colheram dos Meus Campos Elíseos. o cheiro das flores intoxicava-lhes o nariz, a doçura dos frutos era o mais amargo sangue, a textura, o mais duro topázio, a água tornava-se petróleo seco na sua boca. e se tu, traidor, foste vingado três vezes, Eu serei vingado sete vezes por cada, treze delas serão por auto-flagelação. a última será a tua morte por Mim entregue, assim que Ma implorares. a que

carved by Michelangelo.

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vou morrer mil vezes antes de ter teorias políticas que matem quem quer que seja por o que quer que seja, nas circunstâncias que forem. vida. amor. arte.  o amor causou-nos, foi amor que nos fez a vida - que é arte. estejamos onde estejamos, sejamos o que formos, vivamos como vivamos, todos somos arte almejada pelo próprio Miguel Ângelo.  é duvidar da própria existência, duvidar da vida dos outros, comentar obras de arte é o feito nosso de cada dia. desdenhar o próximo é viver num museu e não saber qual o melhor quadro. todas as esculturas que vejo são lindas à sua maneira. todo o meu museu é um achado artístico, escrevo-o como o gravaram na pedra. as pessoas são perfeitas em cada traço bem ou menos bem feito. vou morrer mil vezes. vão-me matar como os matei a eles. não vou permitir morte alguma enquanto vislumbro quem amo, e vou tornar cada pinga de suor numa obra de arte - pela qual a derramei. a morte é uma coisa que se aceita.  e mesmo mortos somos imortais na terra pela

dancing mad.

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"após todas as mortes, todos os venenos, todos os enterros, o que consta é que a realidade é outra e que o meu sonho nunca se realizou e que me mantive sempre um artista." danço às loucas, às escuras, aos poucos. vejo o tempo passar como se o amanhã nunca chegasse. como se a felicidade fosse só o momento da dança e o momento futuro. imaginei-me num mundo sem céu, foi fácil porque tentei. tudo pára e, de repente, tudo anda a mil. custa a respirar num mundo tóxico e a noite mal nasceu. temo a forma como me olham, esfomeados da noite sendo eu, a única coisa à frente. rasgo os diplomas políticos, queimo-os junto com o resto do lixo, todo o mortal não é arte. não há arte na mentira, não há arte no prejuízo, não há arte em qualquer mal. vi entidades cobiçarem o meu pedestal - a divina justiça é inaplicável. foi assim o dia em que choveu para sempre, o dia que eu amei para sempre. "o que eu quero é um mundo onde possa dançar onde quero, como quero, com quem quero

light metal.

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e só tu me ouviste. the after. the good. the love. mas tu és um metal leve de se carregar. o teu peso não importa, pois ambos amamos da mesma forma. aquilo a que nunca me submeti foi ao recíproco. mais que um céu na terra, extremo passado enterrado. o meu amor é de vigas concretas e braços envoltos, prende-se aos meus calcanhares, ofega como que suspenso. sinto-me leve demais no teu coração. como se tudo fosse nada. da tua perfeição nem me aproximo. quero o teu amor, horror e mal se forem por mim, comigo, para estar a teu lado e te levantar do desespero. o amor sinto-o fechado e ilimitado. desde que nasceu me pressiona a amar cada vez mais, a cada momento do teu abraço. à noite não me deixes sozinho, adormeço à melodia da tua voz, não quero acordar com nenhuma outra a amar-me. és como um calmante na trovoada mais violenta do meu coração. fazes-me aceitar o sofrimento como um prazer contigo. sinto-o mais que nunca, paredes que penduram quadros teus a cair para o espelho

heavy cross.

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eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te.  eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. eu disse-te. the before. the bad. the hate. tu foste uma cruz pesada de se carregar e agora orgulho-me de poder dizer que a vingança ficou um prato por partir.  arranjei forma de deitar a cruz por terra e aperceber-me de que dela não precisava para caminhar - assim te deixei. faço desta mais uma das minhas derradeiras confissões, a tua obsessão a mim -  que nunca a entendi como uma benção. quem traiu quem? quem matou quem, ao fim, ao cabo? fui eu que enterrei os vivos e os envenenei com a tua toxina. fui eu quem pegou na tua mão ferida a fim de acabar com a extrema dor, a quem cravaste os dentes por te apoiar. que nunca gritei o teu nome das lágrimas, ao passo que o teu não sai de debaixo da tua língua, sempre prestes a. agora dou-te a mentira em verdade, como sempre quiseste ter. que o único obcecado era eu, em te

fever.

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todos somos vítimas do mundo, dele e do que vive nele. sinto-me alagado, mergulhado num mar de suor, a morte é constante e a vida foge-me como sempre. sinto-me aos saltos entre os patamares da vida e da morte, tanto vivo como morro, rapidamente me despedaço, rapidamente me recomponho... cada segundo é mais crucial, cada vez mais me asfixia a dor, se me partem os ossos, sinto a cara rebentar... tanto calor, tanto medo, tanto desespero - querias tu o meu mal, a minha doença, tudo o que fosse de graça. nunca me senti pior em vida, nunca me senti tão bem a sofrer, porque me sinto bizarro? porque gosto eu da doença? o que sinto acima de tudo é um tremor ao longo de todo o corpo que queima - nervos lhe chamam. a torto e a direito, estremece. estou farto do mundo horizontal e escaldante. derretem-me as veias, gela-me a pele, os olhos vidram e não focam nada. casa cheia de rosas, uma carta nas escadas, uma cassete de mensagens para quem se importa. uma colagem de palavras desfeitas e

purple skies.

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chamas da fogueira sobem ao céu, longe e longe e longe, deixo-as voar a fora da minha história, queimo as páginas. acordo por um momento daquele sonho de mim. simples lenda de frias palavras em páginas levanto os olhos, vejo-me sangrar e flutuo asas de prata estendem-se, reflectem o sol quero deixar a cidade pelos oníricos céus roxos. ruínas do desespero, uma ancestral luz nunca perdida, nunca cessante, brilha o sol segue-me pelos meus caminhos nas alturas antes que as sombras se tornem noite fujo para trás do pesadelo, fora do meu tempo eu podia contar tudo o que sei sobre vaidade, fazer os outros ouvir as palavras que me enchem a mente não me custa dizer que te amo.

nothing else.

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era uma vez, num reino muito, muito longe, um homem que contou uma história na qual eu devia acreditar e eu disse "diz à tua branca mentira que se sujou depressa ao lado da minha negra verdade, porque eu não quero nada mais ." sobre o veneno sei eu, procurei o antídoto - percebo arte, descubro o que é anti-arte do dadaísmo, o seu conceito, só por si é arte. como as tuas esperanças: nada como o teu paraíso: nada como os teus ídolos: nada como os teus políticos: nada como os teus heróis: nada, como os teus artistas: nada como as tuas religiões: nada. -Francis Picabia, 1920 a arte é tudo o que emana do corpo de uma pessoa e toma forma, é aquilo de que nos orgulhamos fazer e angustiamos por não fazer. é tanto um abraço dado no momento certo, como a Mona Lisa nas mãos de Da Vinci. é um perfume como um sentimento. é o amor próprio e a nossa música preferida. somos nós ao espelho naquele dia em que nos sentimos bem depois da tempestade - mas todos os dias. a arte é tudo

unstoppable.

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NOW IS WHEN I START! o que somos é como a chuva ao contrário, o que os outros são chove à nossa volta. tenta parar-me, agora que tens tempo. nunca parei, nunca vou parar. é imparável e despontou. que eu sou o que sou, o que faço, o que preciso, sou como sou, como faço, como preciso - as medidas são certas para tudo, nada neste mundo é um erro - talvez um deslize. o que eu quero não são resoluções nem soluções, o que eu quero não é acabar com problemas - é começá-los. quero que as ideias fluam como as ondas em todas as noites da minha mente. que cada coisa seja nova para vocês mas uma demonstração da influência dos outros. e quero provar que somos todos humanos diferentes influenciados por tudo e todos - que a liberdade e a igualdade não são menos que utopias e que a fraternidade é  tudo o que podemos ter do que os franceses tinham. (acima de tudo quero que as conjunções coordenativas não unam o que não é para unir... mas isso é fácil.) fique claro que tenho medo de