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A mostrar mensagens de junho, 2019

Desgravitificar

No excesso de zéfiro Está a prova, em qualquer clima Está o senso de que nada se define Flutua como bolhas Incapaz de sentir o vento E só podia ser assim A navegar ou cavalgar Não há nada de novo sob o azul E voas pela gravidade Cavalgas pelo determinado Franqueias a anomalia Flutuas com dignidade Descansas com a morte Corrompes a espera E por tudo o que é brilho Submerges na luz À velocidade da submersão Ganhas ou perdes a tudo Irradias por outro lado Deixas os naufragados Cavalgas, mas largas as rédeas, Na luz que engole o meu solo Fazes e desfazes-me o mundo Não te curves agora perante regras Êxtase na gravidade Por tudo o que não é e cai Precisas a gravidade Agarras o que esvoaça ao vento Ergues-te à gravidade Ascendes e continuas a subir Alcanças a liberdade Deixa tudo e renova o chão.
— tradução livre de um excerto do capítulo "Ithaca" do Ulysses  de James Joyce O que é que na água fez Bloom, amante da água, fã da água, seu suporte, regressar à cordilheira? A sua universalidade: a sua equidade e constância à sua natureza de perseguir o seu próprio nível; a sua vastidão no oceano da projecção de Mercator: a sua profundidade desatenta na trincheira de Sundam que excede as oito mil léguas; a inquietação das suas ondas e as partículas da superfície que visitam, por sua vez, todos os pontos do tabuleiro do mar: a independência das suas unidades: a variabilidade dos estados do mar: a sua calma quiescência hidrostática: a sua turgidez hidroquinética em marés vivas e mortas: a sua subsidência depois da devastação: a sua preponderância de três para um sobre a terra seca do globo: a sua indisputável hegemonia que se estende em ligas quadradas sobre toda a religião por debaixo da linha subequatorial do trópico de Capricórnio: a estabilidade multi-secular da s