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A mostrar mensagens de junho, 2020

A repetição

No dia um senti o revolver condenar-me a saltar, não da prancha, mas para um buraco no chão, a seguir um coelho branco para lhe pedir a medicação. No dia um empurraram-me, prenderam e torturaram-me para ver se me comporto , ofereceram um comprimido azul e não hesitei em saltar de volta para o buraco (alguém me tira daqui vivo?). No dia um apresentaram-me à memória e não foi um prazer ver o inimigo número um olhar para me ver chorar repetir para me ver chorar eu não sei o que dizer eles não sabem o que fazer o silêncio na mente, a dormência da vontade, a repetição, em repetição, das reticências da acção são o engenho da melodia que chicoteia e cicatriza sem sarar a agonia das copas destes cogumelos que pagam as dívidas a um exército de cartas que entregam a justiça poética de um 1984  babilónico. Não importa, não importa o dano está feito. Ai importa, pois importa, vocês é que apertaram o gatilho. O quadro que vocês repetem é tortura para mim,