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A mostrar mensagens de setembro, 2018

Adamante e Copas

De súbito, endireitei as costas e expus a testa à luz. Dei-me a mim mesmo tal permissão caprichosa para um tufão da penugem de um albatroz. Da  pedreira, passei à clareza, da asma à respiração. Repentinamente, o tempo futuro dissolveu o passado e o coração pulsa sonhos de um tom rosa, menos petrolífero. Cheguei às fornalhas e atirei a armadura que sobreviveu à guilhotina. Do fugaz e da imprevisibilidade, devolveu-me a fúria de viver. Surpreendentemente, estas lágrimas sabem a amor e os sorrisos já não custam a esculpir na cara; A mão vagueia no ar em busca da outra que carece, o coração soluça enquanto não dança à tua melodia. Arrisco a dizer que se formam novos exércitos: A vida lança as cartas e tudo o que saem são copas a tatuar yours truly Mt. Rushmore no enredo destas veias E servem todas para te devotar.

Ray of Hope MIX

As ruínas que sondo No entreforro da realidade São desapontantes Remexem na responsabilidade Apagam os problemas De todos os apegos Removem-se do fim Os princípios da diversão. Oh, eu já lidei dantes Com os ingredientes da mistura A poção pela obsessão Não é uma nova possessão Que me mata outra vez A cada crua sensação E mata-me as que quiseres Com a eleição da gravidade Dessa espada. Já vendi o reino por um sonho Já assinei contratos a sangue Para oferecer filhos ao diabo Comprei um futuro a impaciência A êxtase e fraqueza, talento e doçura Em originalidade fiz explodir Os sacos de sangue nos céus Não passei nunca de um brinquedo. Já alguma vez viste o público passar-se? Já sobrevoaste corpos sem a imaginação? Faz-te soar. Mas deixa cair a espada E eu desapareço como a responsabilidade Do sol se pôr no solo a cada final do dia Deixei atrás copos de champanhe por limpar Sujos de terror e preocupação Calados pela melodia e pelas canções do melodrama.