Ray of Hope MIX

As ruínas que sondo
No entreforro da realidade
São desapontantes
Remexem na responsabilidade
Apagam os problemas
De todos os apegos
Removem-se do fim
Os princípios da diversão.

Oh, eu já lidei dantes
Com os ingredientes da mistura
A poção pela obsessão
Não é uma nova possessão
Que me mata outra vez
A cada crua sensação
E mata-me as que quiseres
Com a eleição da gravidade
Dessa espada.

Já vendi o reino por um sonho
Já assinei contratos a sangue
Para oferecer filhos ao diabo
Comprei um futuro a impaciência
A êxtase e fraqueza, talento e doçura
Em originalidade fiz explodir
Os sacos de sangue nos céus
Não passei nunca de um brinquedo.

Já alguma vez viste o público passar-se?
Já sobrevoaste corpos sem a imaginação?
Faz-te soar. Mas deixa cair a espada
E eu desapareço como a responsabilidade
Do sol se pôr no solo a cada final do dia
Deixei atrás copos de champanhe por limpar
Sujos de terror e preocupação
Calados pela melodia e pelas canções do melodrama.

Já vi um reino de mãos no ar
A voar sem ter de imaginar
Nenhum deles mais que sorria
No êxtase, no coração de uma canção
Cada um público e palco
A voar nas memórias de uma corrente
A dançar com o meu diabo
De peito a bater novamente.

Como eu gostava de te ver naquele transe
Mas os olhos só reflectem a espada da tua mão
Prestes a cair.
Tive tempos em que o reino caía
Como uma guilhotina
Para se ajoelhar perante um rei.

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