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A mostrar mensagens de maio, 2011

O Rei.

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Ele é só um gaiato com a mania que sabe mais do que diz. Nunca serei menos que o Rei por que o povo desespera, Não proclamado, extravagante e odiado de Copas. Não vou trazer a este mundo riqueza e felicidade, Só está dentro de mim o sangue que derramo por isso. Não vou cair de um trono que me tiram sem ter. Não há ódio num Reino sem trono, Ninguém vive sem sentido para a vida. Maria Madalena não chora, Judas, sem vício, já não trai, Lázaro sempre ficou por curar. Vácuo de críticas e frustrações, Sou Jorge, combato meus dragões. Caneta é espada de brincar, Sou uma pseudo-criança a pintar. Salas de vitrais multicolores em corredores por correr, Castiçais pendurados auto-proclamam sucesso. Triângulos e pirâmides, A nossa mente é esfinge de potencial. Críticas e cotoveladas - tecidos rotos, Trespassados por uma luz aprazível. Quem ama não é acessório da coroa, Não somos arte para ser desdenhada, Ninguém rouba a Mona Lisa ao quadro. Acredita na tua ment

Celebração da Corrupção.

Catarse da perdição. Ebriedade sóbria. Perdem os corruptos num país de viciados. " Também perdi, mas não digam a ninguém. É falta quando perco, mas talento incomparável quando ganho. A corrida começou e furo os pneus aos adversários, ponho-lhes um pé à frente enquanto os cego com o fumo do cigarro que não sei fumar. Por debaixo da minha camisola está o cutelo que lhes vai cortar as pernas. Eu em primeiro, os outros não merecem pisar o chão que eu deixo para trás. " Sou um vómito de deus e aqui cuspo o meu crânio: Favoritismos? Quem falou deles? Odeio quando me falam da realidade, quero sonhar em noites quentes de Junho, noites estrelada de comemoração de amor e felicidade pela excelência em que vivemos. O presunçoso serei eu quando os coros ecoarem com as minhas palavras guturais e demoníacas, mórbidas e sinistras, quando nada mais ouvirem que a minha palavra, rainha de uma geração a gritar-vos aos ouvidos. " Perdi, mas as regras do jogo são minhas. Serei parte da

Treze Mortes.

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Kiss me badly. Kill me softly. Treze bouquets de flores definem lances de escadas, um degrau e outro são vinte rosas a cada par. Passam a cassete que repete as tuas últimas palavras e o ambiente, nunca o vi tão deprimente. As lágrimas caem como se chovessem orvalhos. O cheiro a incensos e perfumes intensifica a cada passo e na última das salas, por detrás de uma porta fechada, está o meu último beijo. Prestes a desaparecer nas profundezas da eternidade. Aqui sinto-me só, como se o caixão me envolvesse a mim e não a ela, toda a esperança desaparece quando vislumbro o corpo imóvel de quem mais amo. As lágrimas caem dos olhos das senhoras que nem tintas negras por detrás dos véus que tapam os seus olhos, e a noite, esse ambiente onírico, está longe de tudo. A vida é uma mentira que acaba nisto... uma mentira e a prova está na verdade irremediável: o corpo está deitado à minha frente, eternamente quieta a alma de um amor inquieto, para nunca mais o poder sentir. O meu amor finou a sua me

Fashion.

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Odeio dinheiro mas vou acumulá-lo e gastá-lo comigo. Vestir-me melhor, comprar mais e maior, dar que falar. Visto-me de preto, dou forma às palavras e não digo nada (como acabei de fazer) E dizer que significam as vidas dos inocentes que pereceram. BLACK IS THE NEW PINK! Vestir-me de preto, correntes e crucifixos e entro na Igreja, Sou eu que trago o vosso deus ao pescoço, falem de mim! O amor é a minha religião mas nunca amei a sério (até ao dia em que morrer por amor) Vou foder com este, aquela e as outras, E trazer Jesus comigo, é o novo gay, diz que está en vogue. E o celibato tira o nexo de tudo isto. JESUS IS THE NEW GAY! Heroína, venenos e saliva percorrem-me as veias. Sou drogado pela minha propaganda contra. Vender sexo é o único pecado mas fodo com as vossas mentes, Dou demais em que pensar, nunca se quiseram importar. Dou-vos queques, monto convosco em unicórnios, vou vomitar arco-íris, Para depois ser o sussurro aquando do pesadelo, a sombra que só se

Só para Mim.

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  Quando cresci e deixei de ser infantil lembrei-me do que me disseram: o desconcerto do mundo. Assim fui bom, assim fui mau, na minha mente reinou o caos. O Inferno tem um trono só para mim. A auréola de Lúcifer são cornos só para mim. O Cornudo vai ser o mordomo dos meus caprichos. Todo o Inferno celebra a meus pés, numa festa só para mim. A silhueta do meu rabo no trono dos tronos da profundeza das profundezas, dos poços mais flamejantes e é aí que vou reinar. Sobre simetrias e triângulos, controlo da mente e iluminação, o mundo não é meu mas a minha doutrina blasfémica é um cuspo infernal de amor e aceitação a mim e ao próximo - ao fim, ao cabo, o meu amor por mim é pecado por luxúria. Só quis ser como me ensinaram e como o fui, deram-me o governo do Inferno, Imperador do Mal, prega sobre a Santeza das Santidades como se ditasse o Apocalipse - desde então que Belzebu é uma puta só para mim. Se eu tivesse sido bom como eles são, seria rico e profano, mas um santo num caixão de

Bad Kidz.

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Sou só parte da rebeldia que torturam, Desrespeito vidas e crenças, Imponho ideias como me impõem barreiras. Odeio arrancar a minha própria vida Para nenhum agradecimento. Vou romper as correntes, Abrir as minhas escamas, Vou nadar nos céus E vou levar a minha vida para a cama. Só parte da rebeldia que sangra pelo ódio, Não acredito no amor depois da campa, É a minha vida e vou amá-la até esvair. Minto sobre vidas que se tornam realidade, Afinal sou um contador de histórias rebelde. São duas chapadas na face que virei, Vou arrancar o cabelo, atirá-lo à lareira, Deixar o meu sangue correr, Vou beber um shaker de bloody Mary. Não passo de um rebelde adolescente de ideais, Copio o que os meus mentores me afirmaram. Minto sobre as minha ideias (são tão erradas como tu escreveste as tuas) Odeio amar tanto este limbo. Sou um fedelho, um punk egoísta, Mereço a tortura, os meus pais tentaram Até se divorciaram, arruinei-lhes a vida. Sou uma cabra, um perdedor,

Veronyka.

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É ela, a puta que tu não queres conhecer! Ela vem aí, vai-te arrancar a cara, Vai-te possuir o coração, Fazer-te lembrar o que mais queres esquecer, Passar o teu mundo a obra de ficção. Ela vem aí. Ela vem aí. Não sentes o esfriar do ar? Não sentes os órgãos a tocar? Ela vem aí, a puta que não queres conhecer! Perdoa-a, ó Maria Madalena, porque ela não sabe o que faz! Ela vem aí, SOCORRO! Está sedenta do sangue com que vais regar o seu coração! Vai cortar a respiração, sugar-te o ar de cada pulmão! Avé Maria, Santa Maria, Avé Maria, Santa Maria, Sinal da cruz, livra-me do demónio que o sangue seduz. É a puta que não quero ver, É o seu nome sete vezes a um espelho (tal a sua santidade). E cospe sangue, e nada em sangue, e o seu nome é sangue. Fruto do mais promíscuo desejo do vampiro é uma fonte da juventude. Vou chorar sangue, vomitar sangue e o meu cérebro já sangra! Ela vem aí, ela vem aí, a puta que não quero ver! Perdoa-a, ó Santa Puta, porque ela não sabe

Glória Viva.

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Não há razões para desperdiçar o meu tempo no Inferno. Estou farto de me corroer através do choro e está na hora de me vingar. Por cada pedra atirada, por cada outra face outra estalada, pelas mãos que me cortaram, é agora que vos cuspo nos olhos - e vocês vão gostar. Vou beber shots das vossas lágrimas, porquê renegar todo o potencial que tenho? Vou comer os estilhaços dos vossos espelhos e cada vez que procurarem o vosso reflexo vão ver a minha sombra - tamanho é o Sol que carrego às minhas costas, a sombra do ódio em que vos deixo. Aproximo-me de cada um de vocês, cegos que não querem ver, e arranco-vos as pálpebras, obrigo-vos a ver tudo, tudo sem fecharem os olhos, tudo o que tiraram a vocês mesmos e me entregaram de bandeja com o ódio que por mim nutriram - as minhas veias juraram vingança pelo escuro e ácido sangue que correu por elas. E assim enterrei os vivos e celebrei a vida dos revolucionários que a entregaram por nós. Estou à beira da vida, é o meu último passo no c

Seringas e Diamantes.

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Um dia disseram-me que eu nunca seria o herói do que quer que fosse... mas que era provável acabar metido na heroína... e aqui estou. Perco as virtudes para atravessar a linha de perigo e medo, quero o prazer e depois a dor, quero temer e ver cada cor - são os meus vícios e por muito que me apunhalem as costas da vida, quero passar por eles, a cada cigarro, um acto jaculatório, a cada ácido (derrete a mente), sinto-me mais coerente. Como se fosse por aceitação, não uso um cigarro na mão para me respeitarem, simplesmente já não mo conseguem tirar - foi a primeira traição, saber que me perdi. Apaixonei-me pela perdição, fumos e fumos e por vezes ilícitos fumos - quando entramos numa casa de espelhos e nos perdemos nela, a nossa vaidade desfaz-se em vidros derretidos que nos horrorizam e nos fazem procurar a saída, aventurando-nos aos mais profundos abismos do nosso raciocínio. São seringas e a riqueza está neste desprender da mente do mundo - quero sentir-me no céu, I'll be fl

Tecidos Impiedosos.

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Ninguém é de ferro, na verdade, somos feitos do nosso material, ADN ou lá como lhe chamam, informação e genética, quem diz que só a vida faz as pessoas não está correcto, a Natureza também tem a sua mão, a vida não existe simplesmente, cria-se. À nossa volta criamos a nossa pele da maneira como as pessoas a captam, ou seja, a nossa formação enquanto indivíduos e seres humanos, seres racionais e pensadores é feita pelo que nos inculcam de valores a pensamentos e a partir de certo ponto nós desenvolvemo-nos de dentro de nós mesmos e tornamo-nos em nós próprios, não só física como mentalmente (a psique é a única coisa que somos incapazes de alterar). Estes nossos pensamentos, palavras soltas que se juntam e definem a qualidade que pretendemos para a nossa vida e a dos outros são a camada que se fortalece a cada dia que passa e dependendo da nossa sapiência: há humanos feitos de meros tecidos, enquanto outros são práticos diamantes. E eu não sou um tecido, muito menos um diamante, a ca

Electrónia.

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"O que é que tu és?" De um quê a um quem, de um quem a uma vida, De uma vida passaste a Santo do Rock n' Roll. São rifts e solos, cada vez mais inspiradores, em ti reflecte-se a energia e poder cultural da música, sem letras nem pensamentos, só improvisos e acordes. Nada disto é falso, nada disto é forjado, Sensações e momentos da glória musical. E eu percorro os sete dós, os teus dedos, as cinco cordas. E dança, dança, dança, dança, dança à rádio. E dança, dança, dança, dança, dança à manifestação. É uma juventude que não vais recuperar, Sons e visões que não podes perder e aproveita. A guerra quer apanhar-me mas não consegue. Um paço na escadaria de guitarras, Um paço à porta do inferno metálico. Quem quiser ouve, quem não quiser, não, Mas a electrónia e a música vivem por nós. Uma discografia por fazer, Mil sucessos por gravar, É a altura das nossas vidas Em cada nada está um futuro. Sem nexo, música é sexo. Vamos viver marginais à

Essência Infernal.

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Não tenhas pena de mim. Não sou tão solitário como pareço. Eu vivo a minha loucura comigo mesmo. Quando atirarem as primeiras pedras estarei pronto. Na solidão desta insegurança, o meu mundo pequeno e só da minha alma. Assim me apedrejarem pela libertinagem que não exibo, vou abrir os braços e defender tudo o que merece. Sejam eles os mais ímpios e criminosos, os que erraram por justa causa. E sou Cristo que morre pelos pecadores. Sangro injustiça, o caos em meu nome e apenas na direcção do meu corpo. Quando Lúcifer e Elohim matarem o Rei do seu Trono e declararem guerra a qualquer diferença, vou respeitá-los como me desrespeitaram a mim. Não estou pronto a morrer, nenhum de nós está. É assim que marcamos a diferença: humanos tristes que morrem por nós, deuses e deusas na nossa diferença. Caminho por cima do fogo que queima os crentes sem o sentir. Em direcção a uma campa cujo epitáfio é escrito a letras carmim. Corro as mãos pelas letras relevadas e penso que nada disto vale a

Sonho Sem-Fim.

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Aqui ficam os meus sonhos, bolhas de sabão de tão simples que são. Vivo um sonho de ti. Durmo nos lençóis que teceste, São pensamentos puros e impuros, Verdadeiros e obscuros. É um sonho de ti. Enublado de fumo de cigarros, Drogas e simples vapores, Esfriam-me estes ardores. Durmo no teu sono. Céus roxos e nuvens de algodão, É o meu imaginário Sendo tu o necessário. Acordo e não dormi. Afinal caí em mim, O espelho focou-se e partiu-se, Hoje és estilhaços. O pesadelo era a realidade. Fugi dela para a loucura, Escondi-me do ódio No amor que imaginei. Foi um sonho engraçado, Não há mais palavras. É engraçado descobrir, Como quem amamos, Também não passa de uma projecção.