Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2017

O roubo de Calypso

Imagem
cortinas de fumo negro do barco que acabei de derrubar não permitem ver além do trono a aridez de sucessivos desertos secou o soro ocular astrolábio e quadrante mostram que as estrelas existem de que valem quando o coração as não sente antes salta as batidas e o ritmo fica estranho a respiração carrega a preocupação às costas como uma pesada âncora a puxar o sufoco engasga e não desaparece rezo a Calypso que me devolva o oceano aos olhos esse amor abandonado e abandonante que nos mares que me levou navega triunfante e as velas não sentem o vento param mas as paisagens passam e os continentes também e o barco parado no mar despejado os marinheiros ao convés desatinados ofegantes vislumbrados pela morte no fundo onde os mortos já não mentem içam bandeiras de socorro que ardem junto com as outras tomam a tonalidade negra quando sobem mastro esvaem-se em fumos nem se sabe que dantes havia mar aqui ela lá vai ao longe flutua ergue-se para ser vista sem nos v

Magia Verde

Imagem
A beleza da vida está no desapontamento. Está lá quando a cor do mar é mais verde que o azul que lhe chamamos, deste lado dos olhos verdes. A questão que marca as minhas entranhas a ferro nunca foi outra: como é que se cria uma ilusão? E o problema estava na perenidade do sentido, do sentir e do que sente: "A realidade é só uma ilusão muito persistente", Albert Einstein. As luzes que vemos parecem ter pesos. As auras de uns e outros, tão amenas e tão quentes, mas os cabos dos feitiços, que se lançam pelas palavras, as frias maldições que tanto adorei confabular. E o mais irrisório no cair dos peões em cada buraco que abriam sob si mesmos. Mesmo quando me ergui acima da altura e me chamei de narrador, em resposta a acusações de manipulação. Olha lá o que me fizeste fazer: cumprir as profecias que se foram com o vento e o meu olvido de mim mesmo. Essas profecias eram lágrimas a cair na chuva. Que culpa tenho que lhes tenhas jogado gasolina? Então, agora aceito que nada