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A mostrar mensagens de julho, 2016

o meu erro fatal interno

nas veias do mundo passam códigos esverdeados, líricos, vivos mas não poéticos. são os próprios compósitos e compositores do mundo: sinfonia e orquestrador, a batuta e a alma de cada órgão, por mais tropical que seja a sua distância. de facto, tudo isto é tudo. repetido. sequencial. transtornado. mutado. morto e matador, catado e caçador, deus e ateu. é o que nos junta os espíritos... ou melhor, reunem-nos na própria matéria ou na alma que a anima. não sei, não preciso de mais alucinações acerca destes pequenos trabalhadores. sei o pouco que sei. se os tentasse organizar alfabeticamente, iria encontrar variações do Z que fariam mais sentido no meio das acentuações do A. há um azul do sangue tão azul que nem o vermelho do mar é tão vermelho, ou algo do género. num piano, um réu pode estar por detrás de si, mas não em composição, em apresentação. o que importa é expor o feiticeiro de Oz, queimar a bruxa, trazer para o palco o que está nos bastidores. glamorizar os pequenos átomos que

o meu potencial hediondo

Duas macas, uma cortina e a luz de um trovão, remove-se à campa a estátua do epitáfio, que refere a vida como romance não publicado, os retalhos de um corpo incauterizado. Pulsões de corações anoréticos, emergem em direcção aos pulmões, mais O, menos H, e uns orgasmos mas nem todos são o teu funeral viking. A flecha voa da falésia, roça as rochas a cair, os alpinistas a subir gritam uma última vez, preferimos os nossos amigos verdes e com um sepulcro poder procriar. Desesperam os sedentos que imploram fel, descobrem uma pobre inepta obsessão, de ressalvar das fotografias os fotões da pele, como tampas de urnas que esperam a revolução. Regras? Quem falou em regras? Prática? Ética, estética, combustão frenética, fulgurações da telequinética em Ática, Tichè, trémula, acumula filhas, pare esquizofrénica.