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A mostrar mensagens de março, 2011

Incurável Lázaro.

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só te quero é bem... por crer, permitir e aceitar, assim se curou Lázaro, o leproso. milagre ou não, verdade ou não, assim se criou e perdeu um dogma do tempo. um milagre é algo impossível em que cremos, não passa das nossas mentiras realizadas. assim, o ser humano mente-se e crê no incerto e no místico e espera pela resolução divina de todos os seus problemas. mas Lázaro não se curou. nem nos vamos curar nós. não há cura para a perdição. vivemos num mundo de ficção acobardada, refugiados na crença do incerto, no esconderijo do improvável. cremos que todas as doenças do mundo e das pessoas são milagres por realizar, que não há nada a fazer e nada a temer por existir nas nossas mentes uma balança inexistente. somos Lázaro, mas leproso. somos Lázaro mas sem cura. somos Lázaro, mas incrédulo. não está em nós a definição de paraíso... e por este andar não vamos criar um céu na terra. porquê morrer de uma vida improdutiva se o mundo só melhora em caso contrário? se cada sacr

memórias de um suicídio.

eu não quero a tua pena, eu escrevo com a minha dor. Mors certa, Vita incerta. as minhas memórias de um suicídio, os tiros que apontei à morte que falhei. cada meia-noite ficou meia lágrima por chorar. fico imortalizado de medo e sorte. um tiro no escuro. um desejo impuro. o meu querer do fim do mundo, tua presença no último segundo inseguro, assim me tiro deste coração imundo. perdi a guerra para a luta interior. o fim, a derrota do meu ser a morte do holograma do meu espírito, o início do fim do meu viver. um tiro no escuro, um pensamento em ti, um tiro na barreira que te separa de mim. morte ao desperdoar, um tiro por não amar, morte à clemência, fugir à vida, impotência. escuridão alumiada de amor, ódio e dor, um baile de máscaras, espelhos e pavor. vejo a cabecilha do pecado, o diabo perdoado, mato-o pela salvação, mato pela minha redenção. respiro antes do mergulho profundo, mantenho o coração de quem mo esfaqueou. primo o gatilho, e bebo o último t

sea of grief.

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brincas com cada bater do meu coração. choro a tinta com a qual não escrevi o destino. mato por escrever a vida e muito mais que ela. sangro lágrimas ácidas que me derretem a pele. morro em prantos de agonia que desejo só minha. rezo as últimas preces ao mundo, questiono existências. lamento ter dado pouco do pouco que já tenho. que não fujam os meus papéis ardentes, cartas finadas. já só vejo a cegueira das lágrimas, a incessante dor que nem Deus me tira de cima, luto por manter a cruz em pé e deito-me no meu fim. quero cobrir as memórias com terra. arrependo-me de cada manifestação de vida, Mergulho no Desmaio. Nado no Desânimo. Respiro Medo. adormeço no oceano do desespero, durmo no mar de dor. a água escurece a cada lágrima que verto, nado na aflição da aprovação falhada. nado na dor de cada culpa que me dão. insanos, longínquos e oníricos destinos, a utopia do destino inalcansável, a indecisão da mente escolhe momentos. a venda da alma à arte não ilumi

absinthe.

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Hoje vou beber até vomitar a alma! sempre o mundo contra mim, sempre me faz sentir mal, sempre comum e monótono. amor a matar-me aos poucos. ódio a torturar-me também. um mundo meu de dor e sofrimento. um shot pela dor e outro pelo sofrimento, vou-me estragar esta noite e ficar bem amanhã. fumar disto aqui, meter daquilo ali. garrafas laminadas e sentir a cabeça à roda. sem Deus nem meus, não há amor nem dor. a minha religião por ti perdeu a crença. engulo a dor e o sofrimento. mato-me por hoje e ressuscito amanhã. foco-me na perplexidade do incerto. vejo o desfocar do certo. a acção não é minha, a voz é grave e os lábios estão secos, preciso de mais absinto. é um shot pela tortura e outro pelo desejo, vou-me perder hoje e encontrar-te amanhã. entrego de bandeja a derradeira verdade: que nem sóbrio sei o que escrevo. tudo é feito de pó branco e aquele que faz de si mesmo uma besta livra-se da dor de ser humano. álcool nas veias pela vida e pela morte, rancor nas veias pelo amor e

rains the sun.

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I'll find you... o sol chove, frio. o calor que alguma vez senti vinha de dentro, hoje descubro que o mundo é frio e solitário. o mundo é frio. o sol chove, melancólico.  a vida é como um pêndulo que um dia vai parar, é essa insignificância que nos enlouquece pela resistência. pela boa resistência. o sol chove, falso. como me mentiram a mim e a verdade me atraiçoou, assim, os meus olhos viram e o meu coração amou. ver é desiludir, amar não passa de luxo. o sol chove, desamado. perco-me em silêncios, na omnipresença da ausência, todo o querer e precisar mostra-se desnecessário. a comparação é tua, o nosso foi meu. o sol chove, final. foi o momento do maior equivoco, da verdadeira mentira, assim o corpo tornou-se num só terreno molhado de lágrimas. o coração é um céu tempestuoso. o sol chove, infinito. os anjos trairam-me tal como tu, desproveram-me da loucura, envenenei o meu coração com o mais negro absinto e chorei. a chuva é minha, o sol é teu.

virtuosa.

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não há nada, nunca houve nem nunca vai haver nada. não é uma questão filosófica, os meus sentimentos não se pensam a si mesmos. eu amei e amei e agora decaio. não faço o que quero nem tão pouco sei o que faço. trago a trago bebo os meus sentimentos, empurro-os para os mais recônditos cantos do meu coração de onde fiquem presos à alma que desaparece. eu não quero sentir mais nada nesta vida. quis morrer na tempestade, quero sempre morrer na tempestade, a única coisa que representa os meus sentimentos e pensamentos. eu quero morrer em mim. quero amar-me a mim porque me odeio e "do amor ao ódio vão três passos" e vice-versa. quis-me definir mas já não quero, a definição tira a virtude. falar contigo foi como uma arma ou como um pano branco, quis certificar-me e certifiquei-me três vezes. o que era nosso, afinal não passou de meu e foi assim que aprendi a amar-me. e agora... agora amo-me a mim mesmo sofrendo com isso. disseram-me para esperar e eu esperei até não poder mais.

assassino nato.

"Sonhar com alguém significa que esse alguém tem saudades nossas" "A psicologia é capaz de ser a ciência mais incerta de todas." Porque me criam tanta escuridão? Como é o remorso causa de traição? Porque mato tanto sem ter razão? Para quê mais uma dor de coração? Como é que ainda vive tanta boa gente, Se tanto se matam desnecessariamente? Eu não preciso de mais dores, para que O meu coração-caleidoscópio não aguente... As teclas pretas parecem-me vazias... As brancas atraiçoam-me a cada toque. O etéreo é das minhas a maior mania, A outra: eu mato por Amor à Arte. Se tudo fosse tudo e tudo acabou, Tudo podia ser tudo se tudo fosse diferente... É mais outro daqueles que canto Em que os teus olhos me não abandonam. Vou perder o controlo outra vez, Entrar em estado de insânia, Morrer por dentro, matar por fora. A Arte que sobrevive é eterna. Porque vislumbro tanta desilusão? Como é a fé causa de perdição? Porque mato tanto sem ter razão? Pa

salvation dies. someone cries.

Dei o Coração e vendi a Alma, A Mente fez-me fazê-lo, Para trabalhar para a Nobre Causa. Pelo Mundo Novo, pelo Bem Maior. Sonhei durante tanto tempo, Histórias do Génesis e do Apocalipse, A discernir Bem e Mal todos errámos. O que é que são, se é que existem? O meu Êxodo deixou-me a pensar. A minha Mudança, a Mudança dos outros. Qual é o meu objectivo? Qual é a nossa vida? As blasfémias fazem-se ouvidas. Vou matar a Salvação. Vou fazer a Bíblia Chorar. Que o Bem e o Mal não existem, E o Preto e Branco também não. Não é o Amor, Crença ou Feito Que muda a nossa condição humana, Não é altura, peso ou feitio Que nos torna uma aberração insana. Por Bem da História, Bem de Todos, Desejo submeter-vos a todos, nem menos. Eu quero o mundo a meus pés, Quero a Arte para mudar as ralés! Quero uma Nova Crença, Aquela em que eu acredito, Quero 13 Jihads Profanas, Pelos Ímpios que serão Santos. Acabar com a Política e a Religião, Ser governado ou governar pela Arte

vanish.

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A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, adornada de oiro, pedras preciosas e pérolas; tinha na mão uma taça de ouro cheia das abominações e das imundícies da sua prostituição. Apocalipse 17:4 desaparece, por favor desaparece... e assim te peço o meu acessório, aquele que usas como barreira aos olhos, a glória que me tiraste, toda a ordem que alteraste. eu delicio-me com outrem, querendo-te, porém. tudo acaba no escuro, tudo cai no vazio, toda a existência desaparece mais ou menos cedo. o meu amor requereu fé insaciável... provas e provas de amores perdidos, tatuagens e tatuagens borradas por entre o meu coração. nada desaparece, borra e assim ficam severos reflexos negros do que antes foram pessoas. é assim que nasce romance? por nos borrarem os nomes encravados no coração em vez de nos apagarem? amar não é esquecer, amar é lembrar para sempre e quem borrou não escreveu e quem escreveu não apagou e o coração caleidoscópio deixa de compreender o sentimento. escrevi

Raoul Duke.

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a gravidade desistiu de mim. o meu corpo expeliu-me. o ambiente morreu comigo.  bebi a mais alcoólica das bebidas, o pior dos venenos. saciei-me com as minhas lágrimas e vomitei a minha alma. quero, quero, quero. sinto a falta disto daquilo e do outro. eu não disse que ia beber as minhas lágrimas esta noite? Raoul Duke, Raoul Duke, o quanto tu bebeste, o quanto tu fumaste, quantas drogas tu tomaste? Raoul vamos a mais um shot, vamos a mais uma linha, trouxeste os LSDs? não quero sálvia, quero as maiores ilegalidades, sentir-me rebelde, não é isso que as pessoas querem? DÊEM-ME MAIS VODKA! SE EU VOMITAR EU FAÇO NOTÍCIA! claramente sinto-me vítima da explosão da droga. alucino com altos e baixos, digo o que não me vem à cabeça mas acreditem que não sou o único. ele diz "há duas gajas a foder um urso polar!" e eu respondo "a cona dela é a atmosfera!" oh e eu enfrentei o meu maior medo caralho. vi-me frente à ansiedade, à palidez e à má disposição. ouvi-o na mi

drama lessons.

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what was it that was Mine... what was it that was Ours? I guess drama just played a role. e eu consigo gritar e espernear e acima de tudo chorar. um pouco de prática faz o actor. o melhor actor sobrevive ao grande palco que é a vida. e desdiga-me quem nunca ouviu ninguém dizer isto! quantas vezes não foi a vida metáfora de teatro? eu posso criar as figuras que eu quiser de mim, as várias facetas e desdobrar-me em todas. mas nunca fingi amar. contudo fingi querer tirar certezas e fiz-me outro para saber o que fazer. quantas vezes não me subiu o maior ódio, a força de um genocídio ao coração e eu deixei tudo entalado para mostrar a maior cara melancólica. achas mesmo que não me magoo como tu? vai-te foder. mas é dos anjos que tenho saudades, dos amores que não amei. da vida anterior, da taciturnidade minha de cada dia. do sucesso a pertencer aos outros e a minha ambição ser minha e só minha. mas não terei eu crescido com uma experiência? odeiem-me. odeiem-me. odeiem-me. odeie

uncharted land.

† a minha Religião é Arte. tudo é horrível, tudo é escuro. o que é a Arte? o que é o mundo? quisera ficar no comboio e ver o mundo passar quis deixar o mundo ver-me passar e não o contrário é de noite, é sempre de noite  e a minha mente confunde-se com o escuro. ♠ crio a Minha própria Sorte. o que é um tu e eu, num coração sem tu? de que me serve ter-te se só eu importo? quero morrer, é o que falta, é o que todos querem! ver-me morrer e perder o pouco que tenho, que fazem como se fosse tudo, como se possuísse o mundo! não tenho, nem quero ter nada. não quero nada... até porque ninguém tem nada. não se passa nada, não há Amor nem Arte. não desisto dos meus objectivos, é o que mais me custa, afastar-me do que quero! ▲ o Caos é Nexo. sinto-me louco a cada compromisso, temo tudo o que pode acontecer. medo do destino. medo das lágrimas. medo da solidão. vivia no luxo de ter quem me limpasse as lágrimas,  no luxo de ter quem não mas causasse. hoje pratico ambas acções. não me sinto triste. s

O beijo de Judas.

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Judas afogado nas suas mágoas. Vou matá-lo com o meu testemunho! Tantas vezes a sua vida, Dessas, tantas que eu não vivi! Apaixonei-me por um Judas, Traidor de proporções Bíblicas! Uns crêem em Deus, matam seu filho, Outros matam quem os ama! Por prata trocam-se almas, Matamos e entregamos a salvação! Se vivemos para nos envenenar, A Eterna Danação pode bem resultar! Apaixonei-me por um Judas, As minhas costas romperam-lhe a faca! De um santuário para presa de caça, As razões que lhe faltam para o meu sacrifício! Não é mais que o Desfeche do Destino, Tantos Judas que violei e matei! Envenenei tantos por realizar mentiras, De amor passámos a ódio e temor! Apaixonei-me por um Judas, Esse amor que me pesa na cruz! Foder um corpo, amar uma alma, A tua traição é um amor perfeito! Vampiro nascido da Bíblia, Destino-te o Círculo mais profundo do Inferno! A tua blasfémia, a ironia do destino, Apaixonei-me pelo Vicioso Pecador! Apaixonei-me por um Judas, Não