virtuosa.


não há nada, nunca houve nem nunca vai haver nada. não é uma questão filosófica, os meus sentimentos não se pensam a si mesmos. eu amei e amei e agora decaio. não faço o que quero nem tão pouco sei o que faço. trago a trago bebo os meus sentimentos, empurro-os para os mais recônditos cantos do meu coração de onde fiquem presos à alma que desaparece. eu não quero sentir mais nada nesta vida. quis morrer na tempestade, quero sempre morrer na tempestade, a única coisa que representa os meus sentimentos e pensamentos. eu quero morrer em mim. quero amar-me a mim porque me odeio e "do amor ao ódio vão três passos" e vice-versa.

quis-me definir mas já não quero, a definição tira a virtude.

falar contigo foi como uma arma ou como um pano branco, quis certificar-me e certifiquei-me três vezes. o que era nosso, afinal não passou de meu e foi assim que aprendi a amar-me. e agora... agora amo-me a mim mesmo sofrendo com isso. disseram-me para esperar e eu esperei até não poder mais. eu não sou mais complicado que tu... tu, sendo alguém cuja etimologia diria que se ama a si mesmo demais para sofrer... afinal quem tem de se amar sou eu! porque não me serves já! porque te serves a ti mesmo para tua própria morte e me fazes querer matar-te cada vez mais enquanto só te quero amar! faz isto algum sentido? diz-me tu, diz-me se percebes a minha dicotomia entre a tua felicidade ou a tua morte!

quis amar para não ser o único feliz no mundo... continuei só.

só espero do outro lado por algum sinal de sanidade da tua parte.
só falo com a lua como se falasse contigo.
só sei que por ti me matava, por outro lado...

quero que me compreendas enquanto podes... porque eu a ti já não entendo.




vales a pena como a nunca valeste.

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