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A mostrar mensagens de julho, 2012

Triste Velho Romance.

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Já vejo os restos de escuridão que escondia dentro de mim, A negridão já foi arrebatadora para me perder na sua profundidade; As flores e as sepulturas são apenas barcos neste mar de dor, E as cicatrizes passaram a ser riachos na minha cara - um mapa. Não significas mais peso na minha cruz, nem remorso na alma, Previne-te de me derramares o inferno no corpo por te ter dividido, E menos ainda aos meus que nada te são, por favor separa-os. Reviver o passado não perdoa, só os actos de contrição.

"Götterdämmerung".

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Perdi o tempo, deixei o mundo entrar em erupção; Sozinho no escuro das ruínas dos mártires, Movem-se silhuetas nas luzes reflectidas da lava. No meu cérebro ossos que arquitectam jaulas, Na mente, pedras negras da chuva de meteoros, Sem fraca estética, nem objectivo mínimo, Só destruição e caos onde vivi calmo. És a água benta para a minha mente possessa, Primeiro gatilho de cada elemento do crime. Só tu entendes a chave para o labirinto da minha alma, E enquanto o remorso pesava na sombra da coroa, Os anjos faziam esquemas perversos para nos unir, Agora substituis e embalas a voz que me assombrava. "Agora vamos dar as mãos para sempre."

Enxame de "Lolitas".

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Chama da minha vida, fogo do meu peito, Lutas pelo trono na colmeia de raparigas, sensuais e defensivas, Lábios tutti-frutti e óculos coração, novas vítimas do peróxido. Danças comunicativas sexuais, ainda acabadas de sair do berço, Mal nascidas e já imploram a virgindade de volta ao remorso. Bem-vindos ao Estado do Sonho. População: Ressentimento. Alarmante quantidade de mentiras, lençóis pendurados na madrugada, A pista de dança é um hábitat; cigarros e vodka são mantimentos, mas Numa só caminhada podem perder-se no vale das metanfetaminas. Já só interessam as luzes pornográficas e as raparigas molhadas por Hollywood, Elvis chora, Marylin vive triste e Hendrix engasga-se na causa da morte - o elemento do crime deixa-as na inocência ou na insuficiência? "Uma mulher sensata beija mas não ama." Marylin Monroe Enquanto és mera posse, ela torna-se pura obsessão, O poder do amor conquista tudo e todos, Barreiras de idade e espaço são distorcida

Rosas Brancas.

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Mesmo do crítico gume ao pescoço me livrei, Guilhotinas revelaram-se doces nuvens de algodão. As minhas veias geladas tocaram que nem harpas, Precisei de bons sapatos para a merda que tenho passado. Dilacerei as rosas brancas e conheci o que eras. Lidei com o petróleo negro que me ambicionava Graças à luz súbita que me baptizou e depurou. As memórias tornam o momentâneo infinito, Mas o passado nunca será o meu futuro presente. Diz-me quão cedo é agora para ser amado?

D. T. M.

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Magnitudes de tempo e espaço tremem no destino, Arrazoo-te de assombrações quando me repetes ao espelho. Sou só mais um rosário antes de poderes dormir melhor, Mas repetir o meu nome ao espelho e às escuras é só radical. Cada minimal reminiscência é um arrepio na espinha. Lavas-te em absinto para esquecer olhos verdes, Derramas o álcool apelidado de verdade no susto. A voz outrora ensonada e agora é atemorizante diz: Continua a comprar as estrelas que de nada te servem: Essa vida já te matou.

Noite de Copas Brilhantes.

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Dias são as noites em que estou contigo, Rituais pela pálida luz da lua, dançados às escuras. Evitamos as paredes de insinceridade do mundo, Forçamos risos e fingimos sorrisos, Velha e solitária sociedade, vacância e fumos.  Martiriza-me o rufar que senti no coração, Ribombar do momento - os nossos olhos cruzaram-se. Beijos perdidos às horas das despedidas, Conheci uma melancolia de verão, a mais feliz de todas. Na constante saudade do céu pelas estrelas à aurora, Confio-me aos meus melhores amigos, os diamantes, De entre tantos baralhos de covardia e jogos esquecidos, Tirei o meu primeiro Ás de Trunfo, ganhei ao mundo. Estas são as palavras que ficaram por dizer, Quando partia cedo demais, corado de te conhecer: Cristalizas os meus sonhos, tu és querer&precisar , Nunca senti tanto as canções fazerem sentido.

Devolvo o teu Corpo.

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O Céu é o meu Filho; Apadrinhado pelo Suicídio; a Opulência é o Fim.  Admito e peço remissão de toda a minha culpa: de atirar o teu coração como isco e rezar pelo mais brutal dos tubarões. Agora aconchego os teus restos no rebentar das ondas, para que a minha futura campa te engula primeiro.  Corpos de borracha friccionam e a electricidade brota como uma chama que não vai desmaiar. Mas as faíscas cegas obcecam os voyeurs distantes que não compreendem: os seus maiores e melhores desejos foram frustrados pela minha salvação.  Entre este vago e vazio espaço, encontrei a luz no fundo do túnel... ou melhor, encontrei um túnel de luz própria: como a que as estrelas que me compraram não tinham.  Gelo no meu corpo eléctrico.

Ás de Trunfo.

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Noites aconchegantes, contudo agrestes - santos cigarros e sorrisos falsos, o tempo acomodou-se. Inúteis rosários que decorei por impossíveis ressurreições: banhos de rosas, o caminho é frontal. Acumulam-se, distantes, os fantasmas dos abutres passados: mortos pelo teu revólver de copas. Atmosfera preenchida por solidão, não há heroína que me devolva à adrenalina de te ver. Os segundos esmagam cada pobre osso enquanto espero que me soldes o coração. Já me afoguei em venenos e naveguei em sonhos... vagos em relação à tua euforia. Adormeço no leito dos teus lábios flamejantes, onde tudo está certo.

"não vou estar lá".

estas cicatrizes já pulsaram demasiada dor, e ao longo dos tempos em que fui o teu Mundo, adulterei a minha Natureza em prol da comatose, uma constante sedação, um zombie que se assombra a si próprio enquanto procura pelo seu "felizes para sempre", esquecendo as mentiras covardes do teu eterno martírio. assim que vi o que sucede quando deixo de me lamuriar, quando todos os momentos que deixo para trás me parecem petrificar, se alguma vez este foi um jogo de tronos em xadrez, direi eu XEQUE-MATE: por todos os nossos vermelhos e azuis, porque tu foste apenas mais uma morte na lista, e eu vou ser para sempre o teu um e único assassino. nas mais sinceras esperanças que este seja  o ponto final do capítulo que foi a tua vida, assumindo assim todo o prazer nestes negócios, a personagem que tu fabricaste em mim: ~CAOS .

Brinde.

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reconstruir ruínas de miséria de podridão - obrigado por cada segundo de esperança, contigo eles são contínuos. "you're my blood, you're my holy whine, you taste so bitter and so sweet, oh I could drink a case of you"