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A mostrar mensagens de dezembro, 2011

Nadar para Casa.

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A queda livre tem de ter um fim a adrenalina no sangue não é nuclear o suficiente para deslizar num abismo de algas. A minha mente fria descongela para o dilúvio dos meus olhos, para as nuvens que cobrem a cara que sempre reconheci minha. Pareço agir de forma ridícula, tremo e rio sobre chávenas de chá, quando lá por dentro sou um mártir fingido, desejoso por uma alma que se injecte de todos os litros do coração de heroína; ansioso por um coração que purifique cada pedaço da alma alcatroada. Sou um actor de comiseração e arrependimento sobre profundezas escuras. A areia afoga-me em correrias intemporais. Quero amar-te mas não me podes dar o protagonismo do teu coração se sou atómico em teu torno. Nunca aceito o amor, sou sempre um perdedor, rejeito sempre o pico do iceberg . Estas últimas ondas colidem sobre o céu, de um pecador flutuante como eu... água tão fria, e contudo tão doce, são os braços do oceano que me dão à luz.

Nunca Deixo o Passado para trás.

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És o reflexo que queria ver do outro lado do espelho. O nevoeiro que quero respirar ao longo de cigarros em jejum. És o vazio na minha cama, e és a bala no meu coração. O sangue de treze anjos, as lágrimas de cristal de sete demónios, És o medo de adormecer à noite. És a cruz que me assombra, a religião do arrependimento por não ter aproveitado.

Mártir da Fama.

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Isto não seriam nem prendas nem laços. Por vezes acho que é tudo sobre mim. ~Ordem:  Por uma vez, não faças tudo o que queres. E seria assim que eu ia esquecer, Só eu é que não tenho... não. Eu já não tenho medo de ser esquecido.

Sexy Ugly.

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simple physical creatures of the inner hells, our tongues in constant contact, fingers clutching to unknown breats bodies dancing simulations of love killing the beat, sexify it, off the walls, sloth is for the daylight. retrosexual monsters in a graveyard of lighters. everybody wants to be like us, live this filthy glamorous, rock the night like us, silly and gorgeous. spin that shit, spin that dish, this song is marvelous. I don't care what you feel, sorry you ugly, sexy ugly... bastard.

Caos Inferno.

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Don't want to live in fear and loathing, I want to feel like I am floating, instead of constantly exploding... in fear and loathing. I want to feel completely weightless, I want to touch the edge of greatness, don't want to feel completely faithless... completely faithless. Sinto-me estranho. As memórias passam como comboios aos meus olhos. Pois eu vejo as reais e distingo-as das idealizações da sanidade... mas perdi o tempo, eu não sei de quando são. Umas tornam-me tão grande... e as outras fazem-me querer rastejar e nunca sei quando fazer o quê. O teu coração é a excepção, não vai queimar nem implodir. Não te posso matar, nem com a mais dura e afiada das facas, o magnífico desse brilho... é uma memória, uma reminiscência e uma ligação infinita de remorsos e adulação. Suplico-te pelo meu desespero, nestas noites de solidão e vazio, esta necessidade do meu santuário que tu não vais ceder. Por cartas não escritas e promessas de um céu só nosso e inseparável, todos os esfor

R∆.

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(a big thank you to Simon Curtis for twitting this! you're awesome!) this is not the way into my heart, into my head, into my brain, into none of the above. I want to slash your back while I take your mouth, filthy drugs, living flesh and some empathy, this will be the way to conquer your animal, into your spiritual and all you have will be unneeded, only nudity and nothingness. push up to your body, sink my teeth into your flesh, I'll bite into you harder, clout your nails across my knees. just don't be scared, I've done this before, be my religion, only for a night, only for a life, won't leave you weeping, will leave you screaming. let this be my prayer, to make our sin happen, and we'll never be pure robots again.

Alegria e Miséria (no Hospital).

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O corpo é um hospital de jogos neuróticos entre o conformismo e a inutilidade. Dentes de leão plantados em camas, como que imigrantes ilegais expostos uns aos outros, propicia ao contágio e ao nojo. Vísceras animalescas, uma ideia de pânico brinca com a inospitalidade deste local. Cada batina neste armário é um pálido reflexo da minha cara envelhecida e cada saco de oxigénio causa-me um vício por realizar, olá, olá, lembras-te de mim, estávamos no mesmo quarto há uma semana e agora és um saco vazio. Eu sou uma doença, vivo para me propagar e fazer sentir mal. E vejo lábios rugosos, cheios de feridas e prestes a morrerem sós e secos - dá-me mais pena ver a horribilidade física desta senhora padecer que ver meio mundo manter-se na alegria e ignorância. Isto é miséria, só eu sei o que é cheirar cinzas em busca de um último traço de nicotina. Os gritos de dor da ala do fundo nunca são ouvidos, mas há sempre pombas acordadas em sobressalto com berros da madrugada. E as gargalhadas não

Pirefleus.

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As memórias não podem ser traduzidas. A minha maioria são casos perdidos, que nem seringas esvaziadas por adictos eu cuspo estes fluídos prateados para a areia. Mas nem mesmo com toda a concentração eu não consigo perceber quem eu era e o que sou. Eu não lembro, recordo ou assimilo, o que causou todos estes pandemónios, se a minha vida é o esvaziar de reminiscências, uma inexistência etérea de tudo o que se provou.

the fame.

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Hi. I only write for the fame, I only live for pain, Isn't it all a shame? But I'm so hateful, Mint cigars, filthy pouts and absinthe, Jeans tighter than virgins in the 50s, Chains in my pocket, fake raybans and crosses in my neck. It's all so pity, everything so kinky, The human body so simple, yet so mystified... I can run the world, world, world But never own the heart of a girl, Only heads and minds, selfs and binds. There's a little black spot on the sun today... I'll always be king of pain, k-k-k-king of pain.

Polpa Harmónica.

Amor puro é sexo bruto. Eu sou a última marioneta da sombra. Rápido, apaga o fogo às arcadas. Os diamantes preenchem-me os olhos. Pistolas e rosas por um futuro melhor. A solteira de ferro já assassinou demasiada gente. A rainha engoliu todas as damas da vida. Desvanecem as sensações menos ópticas. Castelos de cristal em areias de vidro. A divisão alegre fixa-me a adição. Vingado sete vezes, nunca fui justificado. A tentação interior engole-me de dentro. Os lobos alimentam-se nos meus ouvidos. Máquina, acabas sempre por me absorver.

this machine.

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The Shadow of myself, just who am I Le Rouge color of souls is unknown And the Omega of this power has no order We all danced through oceans Raped by this machine We all swam through flames Eyes set on this screen Don't know the time I lost. Sapphires were staged, electric lives Jewels of history and destiny. Power of DNA, pervertion is key We all danced through fire Stuck in this machine Don't know how long we waited While the Chaos watches.

Bóias e Algas.

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Sempre me quis sentir mais alto e subia às escadas de incêndio para ver o mundo de cima. Tenho medo das alturas. Sempre me quis sentir luminoso e ficava ao pé dos candeeiros para ver a minha sombra. Tenho medo do escuro.

Fala Agora Ou...

O amor é hipotético, Faíscas e abraços à chuva, Tudo possível, nada plausível. Até as letras nas cartas são tinta, As estrelas fogo que nos consome, E as canções também podem ser rugidas. A história são só números por extenso E um casal apaixonado pode cair ao rio, Só os afogados ouvem um silêncio tão alto. Os nus não têm armaduras E enfrentam colisões onde a mente não chega Porque o coração existe. Os riscos são altos A água é turva É sempre tarde para apologias, Não existe tal coisa como perdão.