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A mostrar mensagens de agosto, 2015

Justiça Poética

a justiça poética é geométrica. remoinhos concêntricos, diâmetros das acções, equivalências de simetria. um passo em frente é como se só caminhássemos para trás. não são assim as parábolas? não existem quadrantes esbranquiçados na realidade. as suas construções 3D são aleatórias, descentradas, ao deus dará. já o poético são peças de puzzle 2D recortadas para encaixar, pertencer e estabelecer uma direcção de superfície. o relativo sobre o absoluto. onde o absoluto é o real, actual, e o relativo um espaço, uma peça que sendo parte, não faz parte. uma ex-parte que comprova e aprova. o rio transborda com minúcia o seu caminho. o escrito segue um rio de tinta para desaguar num ponto final perspectivo. afirma-se a cada letra. a forma é exterior à nossa configuração. mas fomos formados em criação. fomo-nos formando em evolução. há uma noção reflexiva e ao mesmo tempo distorcedora da forma como espelho. é molde poético. se um sistema de axíomas matemático apenas reconhece o seu estatuto quan

MAZAL TOV!

quero chegar tarde, quando não chagar decide o teu silêncio, destrinça o teu falar. de uma vez, ataca, tanque, e gritas, e desfazes-me na tua liberdade a vingança cresce nas veias. destrói o que tens a ser, o que és a ter. em ímpetos de perversão continuo a amar a destruição. as veias dão nós na garganta, nem Moisés retorquiu a deus! as constelações não desenham futuros, formam presentes, tentei dar-tas todas um dia tentei dançar ao pé de ti. visão estilhaçada desde que te quebrei, o amor ao canto do olho, onde tem de ficar. periscópio, estetoscopio, qualquer-escópio, não é o melhor sentimento, mas é certeza. peguei um escorpião no meio do deserto, nunca me senti tão protegido. nunca me senti tão indefeso. boa sorte, escorpião.