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A mostrar mensagens de novembro, 2015

Inferno Suspenso

poder permitir, posso. mas há mas. benção traz discórdia. não vais sintetizar a purga da vida histórica na redenção actual. o peso de trás, por sinal, vem atrás. pântanos compostos, pirâmides incrustradas, remoinhos de puro laissez-passer . já viste os estados de espírito arquitectónicos? as auroras das intenções? estas cinzas não guardam nada. de carácter, de facto: nada. são ondas de vapor como o fumo de cigarros. sai da boca, cobre a cara, máscara. o translúcido não protege nada de nada, a luz perpassa. não existe assim tanta diferença, menos indiferença. o vapor esvai, fica nos vidros, é água que já não é. deixar de ser é a passagem do passado no presente. dissolve-se no ar. se o mal te sai da boca afora, passa limão. se o cérebro se tinge a sangue negro, esfrega sal nas incisões cranianas. se o oxigénio não oxigena, e o álcool não intoxica, esforça-se pela altura que a baixeza te não deu. se tudo passar e a flor ficar, aforismos. ~CAOS "quem tem vapor tem tudo".

Potencial para o Caos

nós não somos assim tão diferentes, tu e eu. temos tanques, espingardas e esmagámos cravos. carregámos, abraçámos e disparámos a artilharia botânica. os nervos de aço são o mais azedo algodão doce. a pele tem cócegas eléctricas. pouco originais. somos alérgicos a ervas daninhas. o amor flui de formas que não compreendemos. regam-no com auréolas esmagadas. regam-no de sangue onde não existe. perece, morre e faz adoecer. se és tanto como eu penso que és perceberás. removemos causas para cuidar síntomas. sangue frio no peito, gelo de pedras quentes. entre arte e desespero encontramos a nossa noção de si. o biográfico feito por mim, feito a mim. a culpa, a inimizade. per speculum aenigmate : somos os nossos próprios inimigos. eu vou continuar a dizer que a vida é justa. ter uma segunda oportunidade. e uma segunda... segunda oportunidade. é absurdo continuar a maquilhar a vítima. o silêncio não esquece pesadelos como eu e aquilo que podemos ser. a grande diferença é não me