sea of grief.

brincas com cada bater do meu coração.


choro a tinta com a qual não escrevi o destino.
mato por escrever a vida e muito mais que ela.
sangro lágrimas ácidas que me derretem a pele.
morro em prantos de agonia que desejo só minha.

rezo as últimas preces ao mundo, questiono existências.
lamento ter dado pouco do pouco que já tenho.
que não fujam os meus papéis ardentes, cartas finadas.

já só vejo a cegueira das lágrimas,
a incessante dor que nem Deus me tira de cima,
luto por manter a cruz em pé e deito-me no meu fim.
quero cobrir as memórias com terra.

arrependo-me de cada manifestação de vida,
Mergulho no Desmaio. Nado no Desânimo. Respiro Medo.
adormeço no oceano do desespero, durmo no mar de dor.
a água escurece a cada lágrima que verto,

nado na aflição da aprovação falhada.
nado na dor de cada culpa que me dão.

insanos, longínquos e oníricos destinos,
a utopia do destino inalcansável,
a indecisão da mente escolhe momentos.

a venda da alma à arte não iluminou o caminho,
o remédio para o irremediável cada vez é mais óbvio,
uma vida sem amor nem dor tem a resposta mais certa,
morro aqui, morro por amar, morro por me querer.


lágrimas que caem nas profundezas do esquecimento.

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