carved by Michelangelo.

vou morrer mil vezes antes de ter teorias políticas que matem quem quer que seja por o que quer que seja, nas circunstâncias que forem.

vida. amor. arte. 


o amor causou-nos, foi amor que nos fez a vida - que é arte.
estejamos onde estejamos, sejamos o que formos, vivamos como vivamos,
todos somos arte almejada pelo próprio Miguel Ângelo. 

é duvidar da própria existência, duvidar da vida dos outros,
comentar obras de arte é o feito nosso de cada dia.
desdenhar o próximo é viver num museu e não saber qual o melhor quadro.

todas as esculturas que vejo são lindas à sua maneira.
todo o meu museu é um achado artístico, escrevo-o como o gravaram na pedra.
as pessoas são perfeitas em cada traço bem ou menos bem feito.

vou morrer mil vezes. vão-me matar como os matei a eles.
não vou permitir morte alguma enquanto vislumbro quem amo,
e vou tornar cada pinga de suor numa obra de arte - pela qual a derramei.

a morte é uma coisa que se aceita. 
e mesmo mortos somos imortais na terra pela nossa marca. 
uma nova marca, um novo contributo para uma nova utopia.

imagina agora o milagre de John Lennon,
aplica-o agora ao teu mundo de sonhos (por muito que te custe)
dá-lhe o teu cariz pessoal e vive o sonho de todos - a felicidade.

nada mais que pietás esculpidas por Miguel Ângelo,
nada mais que gritos pintados por Munch,
nada mais que odisseias escritas por Homero, 
somos o mundo num museu da melhor arte divina,
somos a eternidade por que vivemos, na que vivemos,
somos luzes e ondas no mar onírico da perfeição,
somos toda a arte do mundo vista pelos nossos olhos, 
forma pela qual a extraímos e expomos do nosso corpo.


o amor causou-nos, foi amor que nos fez a vida - que é arte.

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