dancing mad.

"após todas as mortes, todos os venenos, todos os enterros, o que consta é que a realidade é outra e que o meu sonho nunca se realizou e que me mantive sempre um artista."


danço às loucas, às escuras, aos poucos.
vejo o tempo passar como se o amanhã nunca chegasse.
como se a felicidade fosse só o momento da dança e o momento futuro.
imaginei-me num mundo sem céu, foi fácil porque tentei.
tudo pára e, de repente, tudo anda a mil.
custa a respirar num mundo tóxico e a noite mal nasceu.
temo a forma como me olham, esfomeados da noite sendo eu, a única coisa à frente.
rasgo os diplomas políticos, queimo-os junto com o resto do lixo, todo o mortal não é arte.
não há arte na mentira, não há arte no prejuízo, não há arte em qualquer mal.
vi entidades cobiçarem o meu pedestal - a divina justiça é inaplicável.
foi assim o dia em que choveu para sempre, o dia que eu amei para sempre.


"o que eu quero é um mundo onde possa dançar onde quero, como quero, com quem quero, um mundo em que não me digam que não posso por isto ou por aquilo, se não é minha intenção matar ninguém realmente."

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