Este Pesadelo sabe o nome que tem
linha de apoio à navegação do Pesadelo,
em que posso ser uma assombração?
... não, não, hoje não vai dar jeito nenhum,
ele está para ali estendido no chão...
... não, não, hoje não vai dar jeito nenhum,
ele está para ali estendido no chão...
[deitado no chão,
a brincar com uma pistola quente,
a brincar com uma pistola quente,
que não disparou]
eu vi a luz num paraíso perdido,
na mania gótica de me torturar até à grandeza.
cego pelo reluzir das minhas correntes,
neste meu campo de flores de papel,
vejo as nuvens roxas passar por mim...
enquanto danço à sombra da indulgência,
eu nunca vi a vida como algo que se me escapava.
Este Pesadelo sabe o nome que tem.
nisto, os ratos aguentam a roda,
escravos do ciclo que não os solta.
não conseguimos acordar a suar,
porque ainda não acabou.
vamos aumentar as apostas,
vamos fumá-los daqui para fora.
tomar a medicação, tirar umas férias,
(vamos ficar bem!)
não que eu pudesse...
nem que eu quisesse...sentir o calor aproximar-se,
e simplesmente deixar arder.e eu sei que ouves as vozes
e eu sei que fazem isto tudo parecer real.
os ares da vida e os ventos por vir
cheiram a morte.
os anjos soam a sétima trompete.mil exércitos não os detêm agora,
a água benta não nos salva da hora.
não há onde esconder, nem nada a dizernão há para onde ir, nem o que fazer,
para mudar o rumo.
o fim bate-nos à porta:
vamos acabar em êxtase,
aceitar que o tempo está a acabar.[um coro de anjos açoreanos,
para fazer isto rimar]
não há nada aqui para tomar por garantido
a cada respiração que desperdiçam
as mãos do tempo despem-vos da juventude
e quando desaparecem, são as memórias que ficam.
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