Insónia no País das Maravilhas

Atirámos a rainha para o outro lado do espelho
E o que lá encontrou, Alice, foi igual mas tudo das avessas.
Que esperavas, nessa mente quebrada, pelo que te contam?
Sangrámos sobre a nossa educação, nunca lemos, sempre cremos!
Aceitar e deixar ficar, e aceitámos e ficámos como nos deixámos
No fundo do funil do tempo, onde já ninguém cabe,
O que passou era uma vez, foi apenas uma vez
Mas ficámos nesta vez, para o nosso sempre
Enquanto o teu era uma vez... por mim será eterno.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete:
O xadrez dança, fama, lícor, amor onde te encontrei.
Sentir a vivacidade uma primeira vez
É espernear na relva a inocência da infância desvanecida;
Não dependemos do nós decadente para criar sanidade,
Os sítios mais condenados podem tornar-se países das maravilhas.
Compramos as estrelas do céu para só ter e sermos o que temos,
Quando nos bastamos a nós e aos nossos: somos hólons da felicidade.
O outro lado do espelho, Alice - está atrás de nós.


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