2ª Pessoa

Há um êxtase da sobriedade, um lusco-fusco crepuscular: voz, abraço e toque.
A mais aceitável percepção é distorcida por esta bebedeira de amor.
Escorreguemos mutuamente, embriaguemo-nos de compaixão, na incompreensão.
Em cada contradição física e mesmo quântica, relaxemos na certeza metafísica da paixão.
Não hajam fronteiras entre nós a não ser o que nos separa do mundo e da própria realidade.
Que o sono seja durante um abraço e que nos larguemos só quando nos puxarem.
Lamentemos quem não compreende, e regojizemos no facto: somos a cura um do outro.

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