Guzmánia

no corredor do jardim das rosas,
no meio dos arbustos húmidos,
da noite em que tudo ficou 
— se for aquela mesma.

há sempre uma excepção para tudo
uma luz que trila no eco das ondas
do lago em que se desfaz o reflexo
— de tudo o que lá se via.

no meio das rosas há uma outra
flor como tantas, mas esta mais,
mesmo mais, mas muito mais
— rubro ânimo dos meus ideais.

que reluz sem florir
destapa o fumo azul a luzir
do reflexo ao lado do lago
— em que tudo se esconde.

as vermelhas cadeias de vapor
do orgulho, o negro encher-se
de si próprio, arrogante verdade
— frágil e insustentável, treme.


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