surpreso pelo silêncio

sufocado pelo soluço

voz solta e sórdida

de fora vai para dentro

(o silêncio engoliu os meus prantos)

sem gelo nas veias

para poder prosseguir

vi vencer todas as velas

e esperam os espelhos a espetar 

o dedo

(e a sorrir!)

na crista da ferida.

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