Doze.

Quando te concentras, a visão foca o que desejas ver. As manchas concretizam-se. As luzes escurecem e o mundo ganha cor.

No nervosismo, eu desato a pensar em voz alta. Descontrolo-me, não há quem me cale, é como se tivesse de desabafar, contar tudo a quem ouvir e é aí que faço merda.

Esqueço-me das consequências, nunca te quis magoar mas é tarde. Está na hora de aprender a tratar quem eu amo como quero ser amado.

Nunca te quis desapontar, mas ver-te é o meu castigo. Eu não sou perfeito e sei que o que fiz não foi bem feito.

Odeio saber que enfiei um murro pela nossa confiança. Os estilhaços que já sobravam tornaram-se pó e eu só queria ser, só queria ser, mas nunca fui.

Se pudesse voltar atrás no tempo, eu nunca teria passado a linha. Mas o que houve entre nós, o Caos decidiu contar a todo o mundo como me sentia.

Demasiado orgulho, para admitir que erraste, és cobarde até ao fim. Anos perdidos, juventude desperdiçada, não é suposto ser tudo lindo?

Eu não quero admitir que não vai funcionar, que não sou o tipo de que gostas, porque é que não podemos fingir?

E não posso dizer que te amo enquanto sou sincero. Porque de todo o mundo, só quero que tu sejas feliz.

O controlo é uma pena que me pesa, quando me desprender vou dar a queda mais vertiginosa da minha vida.

Sei que me podes perdoar, ninguém é perfeito.

Estas lágrimas negras mostraram-me que tenho de mudar se quero ficar contigo para sempre. E eu prometo que vou tentar.

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